Ciclistas enfrentam riscos na avenida Augusto Montenegro

Pryscila Soares

Enfrentar riscos faz parte da rotina dos ciclistas que trafegam diariamente pela Avenida Augusto Montenegro, um dos principais corredores de trânsito de Belém. A carência de ciclovias e ciclofaixas, sobretudo no perímetro que inicia no conjunto Satélite até o distrito de Icoaraci, muitas vezes, obriga as pessoas a transitarem pela rua e disputarem espaço com veículos como carros, motocicletas, ônibus e caminhões. Nos dois sentidos da via, nesta área, as principais queixas dos ciclistas são a falta de pistas e faixas destinadas à passagem das bicicletas e a ausência de fiscalização no trânsito.

A bicicleta é o meio de transporte do barbeiro Wallyson Ferreira, 25 anos. Ele mora no bairro Parque Verde e todos os dias pedala por vários bairros durante o seu deslocamento para os domicílios dos clientes. Devido às dificuldades que encontra nesses trajetos, o jovem conta que já foi vítima de acidente no trânsito.

Nas áreas onde há faixa de pedestres e semáforos, o ciclista afirma que os veículos não respeitam a sinalização e não param para quem atravessa. “Não tem ciclovia e o motorista não tem respeito por ninguém. A gente quer atravessar e ninguém para. Era para ter uma fiscalização mais organizada. Aqui (sentido Belém/Icoaraci) é o único lado que ainda existe ciclovia, mas só tem até a metade. E do outro lado só tem as duas faixas da pista”, pontuou.

Devido a essas dificuldades, muitos ciclistas optam por trafegar pela pista expressa do Sistema BRT do que trafegar pela rua. “A gente percebe que não tem fiscalização e a prefeitura não agiliza uma ciclovia para o ciclista, e a gente pode sofrer um acidente. Já não basta o estresse do trânsito, sem a fiscalização e a ciclovia fica uma situação complicada para o ciclista. Tem ciclista que já passa aí pelo BRT direto, sem temer, por não ter um lugar melhor para passar”, afirmou.