Pará

Caso Catharina: parentes de estudante baleada querem expulsão do PM da corporação

Parentes de estudante baleada querem expulsão do PM da corporação e punição exemplar.
Parentes de estudante baleada querem expulsão do PM da corporação e punição exemplar.

Familiares de Catharina Palmerin estiveram nas dependências da Assembleia Legislativa do Estado do Pará em companhia de lideranças de movimentos em defesa dos direitos das mulheres para pedir providencias.

A estudante de 24 anos, do último ano do curso de enfermagem da UNAMA, está em estado grave no Pronto Socorro Municipal, por causa de um tiro da arma do 1º sargento da PM/BPE, ‘quando ela’ se defendia de agressão sexual.

Foi pedido aos parlamentares a realização de audiência com várias autoridades do Governo, além de representantes de instituições e representações da sociedade civil.

Pedidos de agilidade na apuração do caso e outras providencias serão encaminhadas na audiência solicitada com as autoridades de segurança do Estado. Um abaixo-assinado está sendo colhido e este será,  também, on-line, como sendo um manifesto de desagravo e uma moção pública de repúdio à violência contra mais uma mulher.

“Exigimos que a justiça seja feita e que o caso da Catarina sirva de exemplo. Não pode que uma família tenha uma pessoa na UTI, por tanto tempo, originado de uma violência praticada por um agente da Segurança Pública e a gente demorar para saber o que foi feito neste caso”, falou na oportunidade a deputada Lívia Duarte (PSOL), que coordenou a reunião.

Para a deputada Paula Titan, que recebeu os parentes e lideranças de movimentos de mulheres, o pedido de justiça é ainda para que outras mulheres não sejam vitimas de outros atos violentos. “É preciso que tenhamos resposta e que esse movimento sirva de exemplo para que outras mulheres não sejam vítimas de atos violentos, de atos criminosos, principalmente praticadas por membros de instituições que devem proteger e têm que defender a população”, manifestou sua indignação.

“A minha irmã, universitária, foi abusada em plena luz do dia, em um domingo, dia 3, em uma avenida super movimentada do Guamá, na Barão de Igarapé-Miri, quase de esquina com a José Bonifácio”, relatou Débora Venturine. Ela afirmou “que ele chegou a tocar nas partes intimas durante a luta corporal, passou a mão”, a estudante estava de saia.

No relato às deputadas, em uma reunião na sala VIP, após a sessão legislativa, relatou que sua irmã saíra de casa para encontrar-se com amigos, iria ao cinema. Cenas registradas mostram o momento em que a universitária foi baleada. Ela estava na parada de ônibus. Nas imagens, é possível ver que Catharina Palmerin estava de pé. O sargento Artur dos Santos Junior aparece encostado em um carro. Inquieto, ele olha, como se tivesse observando a jovem, se aproxima, fala algo, e ela sai de perto.

A Catharina lutou para não ser estuprada, ele tentou puxa-la para trás de uma barraca, que existe ali, inclusive tem uma obra naquele lugar, “ele tenta puxá-la, e ela resiste e entra em luta corporal”, explicando a tentativa de defesa. Perguntada sobre a situação de saúde da estudante, a irmã disse que o quadro dela está estável.