Diego Monteiro
Na contagem regressiva para o Carnaval 2023, o Centro Comercial de Belém tem apresentado grande movimento, principalmente de consumidores que estão em busca de fantasias, confetes e serpentinas. Os comerciantes estimam um crescimento de 40% nas vendas em relação ao ano passado, onde as festas carnavalescas foram canceladas na capital paraense por causa da pandemia.
Com as festas de esquenta acontecendo, os lojistas têm aproveitado para evidenciar os melhores produtos e apostar na criatividade para atrair cada vez mais os foliões para dentro dos estabelecimentos. Nos manequins, as fantasias aparecem como coadjuvantes na lista dos produtos preferidos. Nas sacolas dos clientes, as máscaras, tiaras e chapéus assumem o topo dos itens mais vendidos.
Léo Valentine, 31, trabalha em uma das dezenas de lojas que apresenta uma vasta opção de adereços para os arrastões culturais. De acordo com o vendedor, o estabelecimento tem ficado lotado o dia todo. “Tem gente que vem fazer compras grandes e outros que com objetivo mais particular. São fantasias mais elaboradas e caso as finanças estejam apertadas, tem os mais baratinhos”, enfatizou.
Tem máscaras, por exemplo, custando entre R$ 5 a R$ 80, dependendo da preferência do cliente, das mais simples às mais decoradas, que nesse caso leva brilho e pedras. O mesmo acontece com as fantasias, desde as mais acessíveis no valor de R$ 20, até as temáticas, como de prisioneiro, policial, enfermeira, coelhinha, entre outros modelos que podem chegar a R$ 100. “Esse ano é marcado pela retomada das vendas, pois os últimos dois foram bem difíceis por conta da crise na saúde e pela falta de vendas devido às restrições. Estamos com os estoques abastecidos, com diversos modelos e novidades, que vão garantir boas festas para quem vai aproveitar o corredor da folia este ano. Estimamos que melhore ainda mais até meados de fevereiro”, completou Léo.
Criatividade é essencial na disputa pelos consumidores
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A repositora Taissa do Espírito Santos, 36, é uma espécie de manequim humana, já que diariamente usa uma fantasia como estratégia para atrair os olhares da clientela. “Tem dado certo, pois geralmente as pessoas ficam em dúvida se vai ficar bem ou não no corpo, então acabam tendo uma referência quando me veem. Tem saído muitas coisas legais este ano”, afirmou.
Outra estratégia, muito usada por sinal, está nas divulgações e propagandas, seguidas das tradicionais ações promocionais e de liquidações dos produtos que estão mais tempo nos estoques. Ganha também o espaço que explora melhor a criatividade dos funcionários: palmas são ouvidas constantemente, seguido da gritaria para evidenciar o diferencial do produto e as promoções.
Foi desta forma que a Virgínia Xavier, 55, foi atraída e comprou algumas peças para usar já no próximo domingo. “Comprei meia de arrastão, uma sainha, mas as minhas compras ainda não acabaram, pois, a ideia é pesquisar mais um pouco para ver se encontro outras fantasias. Em relação aos preços, estão variando, mas no resumo é que eu estou gostando muito”, contou.
Mas é preciso ficar atento, pois como os produtos, em grande maioria, vem do mercado exterior, especialmente da China, os preços oferecidos dependem do valor do dólar, ou seja, podem mudar a qualquer momento, ficando mais caros com a proximidade do Carnaval. Portanto, a orientação dos vendedores é aproveitar o quanto antes para garantir o adereço.
“É melhor correr enquanto ainda há tempo, pois não se sabe como vai ficar nos próximos dias em relação aos preços. Fora que com o movimento mais intenso, é normal que os estoques comecem a se esvaziar e os produtos mais interessantes comecem a faltar. No momento, tem fantasias para agradar qualquer público, desde as crianças, até os adultos”, concluiu a vendedora Mari Moraes, 42.
