Grande Belém

Canteiros centrais de Belém estão tomados pelo mato

Canteiros centrais com mato alto têm preocupado moradores do bairro da Pedreira, em Belém. Foto celso Rodrigues/ Diário do Pará.
Canteiros centrais com mato alto têm preocupado moradores do bairro da Pedreira, em Belém. Foto celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Trayce Melo

Canteiros centrais com mato alto têm preocupado moradores do bairro da Pedreira, em Belém. Os locais atraem animais peçonhentos e viraram possíveis focos de proliferação do mosquito da dengue. Em alguns pontos, a vegetação cresceu tanto que já avança sobre as vias. Alguns moradores afirmam que as equipes da Prefeitura de Belém demoram muito tempo para fazer a manutenção, o que facilitaria o aparecimento de matagais.

A dona de casa Nazaré Lima, de 78 anos, mora próximo do canteiro da avenida Visconde de Inhaúma, com a Angustura. Ela conta que o mato atrai insetos e que vizinhos temem pela saúde.

“O canteiro era bonito, mas agora está cada vez pior. Alguns moradores até chegaram a se mobilizar para deixar preservado o local, colocaram pneus e plantas para impedir que jogassem lixo, mas não adiantou muito. Isso aqui estava cheio de lixo, mandaram tirar mês passado. Mas olha como já está novamente tomado de lixo e entulhos”, diz.

Ela conta que outra preocupação dos moradores é por conta do campo de futebol no meio do canteiro. “Como vocês podem ver tem uma poça de água imunda bem no campo de futebol. A preocupação dos moradores é porque a água parada serve de criadouro para o mosquito transmissor da dengue”, comenta.

A mesma situação de abandono se percebe nos canteiros espalhados pela rua Antônio Everdosa até a travessa Perebebuí. Quem passa pelo canteiro central, se depara com mato. O capim que cresce no local quase ultrapassa um metro de altura. Com muito lixo doméstico, embalagens plásticas descartáveis espalhadas e móveis velhos (sofá, cama e caixotes de madeira) pelo chão, o cenário é de abandono.

Outro local com situação igualmente complicada é o canteiro da avenida Marquês de Herval. A dona de casa Ana Maria, de 65 anos, mora ali próximo. Ela diz que quem caminha pelas calçadas da via sofre com o mato alto, entulho e lixo. A alguns metros dali tem a Praça da Criança, localizada entre as travessas Antônio Baena e Três de Maio.

Ela conta que a praça seria um belo lugar para passear e brincar com as crianças. “Além de ser impossível ficar na praça, há muitos mosquitos perto das lixeiras, plástico, garrafas de cerveja e latas de refrigerante. Não tem nenhum reparo há anos. Quando cai as chuvas fortes, o lugar vira um piscinão”, relata.