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Campanha quer garantir estoques de sangue no Carnaval; veja como doar

 Foto celso Rodrigues/ Diário do Pará.
Foto celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Trayce Melo

A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), está convocando doadores de sangue, visando suprir a demanda para o mês de fevereiro por conta do feriado prolongado de carnaval, que reflete em baixa no fluxo diário.

De acordo com a assistente social da Gerência de Captação de Doadores do Hemopa (Gecad), Lilian Bouth, é comum que, neste período do ano, haja baixa considerável no estoque de sangue.

“A gente sabe que é um desafio manter o nosso estoque neste mês de fevereiro. Por conta disso, a gente vem fazendo esse chamamento para os nossos doadores, que antes deles se ausentarem da cidade no carnaval, que eles venham fazer sua doação”, explica. “Estamos elaborando uma campanha de carnaval para mobilizar a população. Vamos contar com o apoio das escolas de Samba de Belém e comunidades”, explica.

Durante o ano de 2023, o Hemopa coletou cerca de 10 mil bolsas de sangue na hemorrede do Pará. Uma bolsa de sangue coletada pode beneficiar até quatro pacientes adultos ou oito infantis. “A nossa equipe cria planejamentos por meio de campanhas estratégicas e campanhas externas que a gente vai até os nossos parceiros com a nossa estrutura, as caravanas solidárias”, pontua.

Além de receber doações de sangue, a Fundação Hemopa, também realiza, desde 2003, o cadastro de possíveis doadores de medula óssea no Pará. “Quanto maior o cadastro, mais chances de encontrar alguém compatível. A nossa equipe explica sobre registro de doadores, com o intuito de sensibilizar as pessoas que vem fazer doação de sangue, a também realizarem o registro para a doação de medula e assim, aumentar o nosso cadastro. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o responsável pelo cruzamento entre os bancos de dados do Redome e do Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme), para verificar a compatibilidade entre os doadores e os pacientes”, afirma.

“Qualquer pessoa, entre 18 e 55 anos, que quiser fazer parte desse cadastro, deve se apresentar em uma das unidades do Hemopa, com um documento oficial de identidade com foto, preencher um cadastro com os seus dados pessoais. Uma seringa com 5 ml de sangue é coletada para que seja feita a tipagem HLA (Antígenos Leucocitários Humanos), desse candidato à doação, que não precisa estar em jejum. Essa tipagem é um exame que possibilita o mapeamento das características genéticas deste candidato. Você só será doador, se houver uma compatibilidade do seu HLA com o HLA do paciente”, informa.

Danubia Trindade, de 42 anos, é doadora há mais de 10 anos e levou o filho Liedson, de 16 anos, pela primeira vez para doar sangue. Para ela, é importante doar, para salvar vidas em um gesto. “Eu sempre tive muita vontade de doar sangue e sei que é muito importante para salvar vidas. Eu já tive familiares que precisaram de doação de sangue, dessa vez é um amigo nosso”, conta.

Quem também esteve presente no Hemopa foi um grupo de policiais do Comando de Policiamento Especializado (CPE). A aspirante oficial da Polícia Militar, Rosane Feio, conta que os policiais fizeram um mutirão para doar sangue. “Estamos fazendo uma campanha no comando em que a gente trabalha. É a nossa segunda vez fazendo a campanha e pretendemos fazer sempre para incentivar outros polícias a doarem em outras unidades”, explica.