Grande Belém

Caçambeiros interditam entrada de Aterro em Marituba e cobram PMB

Os caçambeiros que conduziam os veículos alegam falta de pagamento e parcelas atrasadas de supostos acordos feitos com uma das empresas que executa os serviços de parte da cidade.
Os caçambeiros que conduziam os veículos alegam falta de pagamento e parcelas atrasadas de supostos acordos feitos com uma das empresas que executa os serviços de parte da cidade.
A novela da coleta de lixo na capital não tem fim, apesar da Prefeitura de Belém ter fechado um contrato bilionário com um consórcio que promete resolver todo os problemas decorrentes da sujeira que há meses toma conta da capital, tornando Belém num grande lixão a céu aberto.
Diante da iminência do início dos serviços da Ciclus Amazônia, consórcio que venceu a licitação para prestar o serviço ao custo de R$ 32 milhões mensais, previsto para o próximo dia 15, caçambas que prestam serviço para a Prefeitura Municipal de Belém na coleta de entulhos fecharam na tarde desta segunda-feira, 1, o acesso na via que leva até o aterro sanitário de Marituba.
Os caçambeiros que conduziam os veículos alegam falta de pagamento e parcelas atrasadas de supostos acordos feitos com uma das empresas que executa os serviços de parte da cidade. Uma das empresas que presta serviço de coleta de lixo na capital afirma que a prefeitura deve R$ 28 milhões em pagamentos atrasados e que não tem como pagar seus trabalhadores.
Ocorre que com o acesso ao aterro fechado pelos terceirizados, os caminhões de lixo ficaram impedidos de descarregar os resíduos, causando transtorno e uma fila enorme de caminhões.
Pedro Piqueira, diretor do Departamento de Resíduos Sólidos da prefeitura, vinculada à Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), em reunião realizada há cerca de duas semanas prometeu que a prefeitura iria empenhar uma parte do valor devido até o dia 25 de março passado a uma das empresas prestadoras de serviço para quitar os caçambeiros, promessa não cumprida até o momento.
“A prefeitura só fez a promessa porque temia que o movimento ocorrido ontem (hoje) no Aterro estourasse na semana passada durante a visita dos presidentes Lula e Macron a Belém. Os caçambeiros cumpriram o acordo e não pararam, mas a prefeitura, como sempre, não fez a sua parte”, criticou um representante da empresa, que não recebe há seis meses da prefeitura. Caso os caçambeiros não liberem o acesso, a coleta em metade da cidade de Belém ficará comprometida e até paralisada.