MANDOU MATAR A PRIMA

Brasileira pega 21 anos por crimes cruéis no Pará e nos EUA

O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri Federal em Marabá (PA) condenou, na última quarta-feira (9), uma brasileira que vive nos Estados Unidos.

Brasileira pega 21 anos por crimes cruéis no Pará e nos EUA Brasileira pega 21 anos por crimes cruéis no Pará e nos EUA Brasileira pega 21 anos por crimes cruéis no Pará e nos EUA Brasileira pega 21 anos por crimes cruéis no Pará e nos EUA
Júri Federal em Marabá condena brasileira residente nos EUA por homicídio e tráfico internacional de mulheres. Foto: Divulgação
Júri Federal em Marabá condena brasileira residente nos EUA por homicídio e tráfico internacional de mulheres. Foto: Divulgação

Marabá - O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri Federal em Marabá (PA) condenou, na última quarta-feira (9), uma brasileira que vive nos Estados Unidos, acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser a mandante do assassinato de sua prima, ocorrido em 2004, em Eldorado do Carajás (PA). Ela também foi responsabilizada por envolvimento com tráfico internacional de mulheres.

A sentença, proferida pelo juiz federal Marcelo Honorato, que presidiu o júri, estabeleceu a pena de 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, a ser cumprida em regime fechado. Além disso, o magistrado determinou a extradição da condenada para o Brasil, conforme o artigo I do Decreto nº 55.750, de 11 de fevereiro de 1965.

Segundo a denúncia apresentada pelo MPF em 2005, a acusada facilitou a entrada ilegal de duas irmãs, uma amiga e uma prima nos Estados Unidos. Uma vez no país, ela passou a exigir delas o pagamento de valores abusivos, obrigando-as a trabalhar como dançarinas em casas noturnas e a se prostituir, sob ameaça de denúncia às autoridades locais.

A prima da ré, no entanto, recusou-se a se submeter à exploração, o que teria levado a acusada a ameaçar sua família no Brasil. Essas ameaças se concretizaram quando ela teria contratado dois homens para assassinar Solange Ribeiro, irmã da prima.

O homicídio ocorreu em 5 de outubro de 2004, em Eldorado do Carajás. A vítima chegou a ser socorrida e hospitalizada, mas faleceu dez dias depois, em Belém. Os dois acusados de executar o crime foram julgados e absolvidos em 2007 por falta de provas, no processo nº 2005.39.01.000975-4, julgado também em Marabá.

A acusada foi presa pela Interpol em 4 de junho de 2010, em New Jersey (EUA), com base em mandado expedido pela Justiça Federal. Posteriormente, teve a prisão preventiva revogada, sob a condição de cumprir as determinações da Justiça Federal em Marabá.

Durante o júri, o procurador regional da República Roberto Moreira de Almeida e os procuradores da República Meliza Alves Barbosa Pessoa e Igor Lima Goettenauer de Oliveira apresentaram depoimentos e provas que reforçaram a tese de que a ré foi a mandante do assassinato e teve participação direta no tráfico de mulheres.

A defesa, por sua vez, sustentou a inocência da acusada, alegando ausência de provas materiais que comprovassem sua participação nos crimes.

Transmissão inédita – O julgamento teve início na terça-feira (8) e foi transmitido ao vivo durante os dois dias de duração — uma iniciativa inédita na Justiça Federal do Pará. A transmissão contou com apoio técnico e logístico do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA), que cedeu espaço no Fórum e no canal utilizado para sessões do Tribunal do Júri.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.