Ana Laura Costa
Apesar da chuva que ameaçou cair durante a tarde de ontem (25), no terceiro dia de desfiles carnavalescos, na Aldeia Cabana, no bairro da Pedreira, o céu clareou a tempo do início do desfile dos seis blocos que estrearam na avenida no domingo, às 17h40, seguidos das quatro Escolas de Samba, todos do 3º Grupo. Além disso, moradores da área e de outros bairros da capital paraense também marcaram presença na arquibancada, nos altos ou na frente das residências para acompanhar a programação.
Na avenida, o primeiro bloco a desfilar foi o Unidos da Pedreira, seguido da Mocidade Unida do Umarizal; Estrela Reluzente; Bloco do Sapo Muiraquitã; Estação Terceira e Mocidade Alegrense da Pedreira. A ciclista Lilian Pamplona, de 70 anos, é moradora do bairro do Umarizal, no entanto, compartilha do amor pelo samba e desde sempre faz questão de acompanhar todos os dias de desfile.
“Eu respiro samba, eu amo de paixão isso aqui. Na sexta-feira saí pela Escola Guerreiros do Samba e do Amor e hoje estou aqui novamente. Venho do Umarizal para prestigiar porque é muito bom respirar isso aqui, é o nosso carnaval”, afirma. Na concentração para entrar na avenida, a rainha Rosy Lueji, 38, que desfilou pelo bloco da Mocidade Unida do Umarizal, revelou que há três dias está numa maratona carnavalesca, mas cansaço é uma palavra que não existe no dicionário para ela. “Estou nessa maratona do carnaval de Belém, porque é muito gostoso! A gente tem que vir para se divertir, por mais que os dias dos desfiles tenham sido após a data oficial, mas temos que vir para prestigiar cada vez mais o Carnaval de Belém, principalmente para que ele volte a ser o que era antes, quando chegou a ser o terceiro maior o carnaval do Brasil”, ressaltou.
As escolas Universidade de Samba Nação Rubro Negra, com o enredo “Marajó de Encantos e Magia”; Nova Mangueira, com o tema “Defender o Verde e Salvar Vidas”; Portela, que traz para avenida o “Picadeiro da Alegria”, e a Mocidade Botafoguense que afirma “Linguagem Paraense também é cultura”, também desfilaram na avenida em seguida.
Mas além de prestigiar o carnaval da cidade, a programação também impulsiona a economia no local e gera uma renda extra aos ambulantes que aproveitam a folia comercializando desde comida e bebidas a outros produtos. O ambulante Jhonatan Gabriel, de 23 anos, por exemplo, aproveita a época para vender bebidas variadas desde 2020. De acordo com o jovem, a época é propícia para faturar um dinheiro a mais. O foco agora está nos desfiles do próximo fim de semana.
“Com o desfile das principais escolas, as arquibancadas, as ruas costumam lotar mais, então no geral é uma boa época para vender sim. No próximo final de semana as vendas serão bem melhores”, disse.