Trayce Melo
Com a proximidade da Black Friday, o comércio brasileiro está otimista com as vendas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa econômica para esse final de ano estima que a Black Friday deve registrar um crescimento aproximado de 12% no faturamento em comparação ao ano passado, pois é uma data que antecipa as compras natalinas logo após o recebimento da primeira parcela do décimo terceiro salário, ou seja, dinheiro injetado na economia de consumo.
Ainda segundo as pesquisas, o período que abrange a data promocional, de segunda-feira (20/11) a domingo (26/11), também pode ficar marcado por uma elevação considerável nas vendas online, com o número de pedidos 7,2% maior que na data do ano passado.
Em Belém, o comércio varejista também está com expectativas positivas para a Black Friday deste ano. De acordo com o presidente do sindicato do comércio varejista e dos lojistas de Belém (Sindilojas), Eduardo Yamamoto, muitos comerciantes estão se preparando para aproveitar a data e promover seus negócios.
“A Black Friday já faz parte do calendário do varejo brasileiro, sendo o período de liquidação mais lembrado pelos consumidores e clientes. Antes acontecia em janeiro, aí depois de julho, são as datas que não obrigatoriamente todas as marcas entram ou nem todas as empresas. Já o Black Friday não, virou regra, então o consumidor, ele aproveita esse período para antecipar suas compras de natal, principalmente para o auto presente, para a compra própria, ou quando ele já tem programado algum evento, por exemplo, para mobiliar a casa”, explica.
Segundo Eduardo Yamamoto, a expectativa é de um crescimento de 7 a 10% nas vendas em relação ao ano passado. Essa data, antecede o Natal, que é considerado um dos melhores períodos para o comércio. Os lojistas estão confiantes de que a Black Friday impulsionará as vendas e o setor econômico local. “Se tornou uma data de liquidação tão programada e planejada no calendário do varejo brasileiro que a própria indústria hoje se programa com antecedência para o período. O que nas primeiras edições era um improviso de desconto, muitas das vezes no estoque parado, hoje a indústria e os varejistas já fazem compras e produzem produtos pensados para Black Friday”, pontua.
“São produtos que já entregam uma experiência de compra de valor agregado com valor menor, mas não se trata apenas de liquidação ou de promoção de itens que já estavam na prateleira, mas itens realmente pensados para esse período. Isso mostra como a data já se inseriu no calendário e que dada a importância dela, a própria indústria e os próprios varejistas já se preparam para esse movimento”, complementa.
“Lembrando que o período de Black Friday desse ano caiu no final de semana, na sexta-feira, dia 24, sendo mais antecipado do que em outros períodos de outros anos”, conclui.