Grande Belém

Belém: Laudos sugerem que dois imóveis incendiados sejam demolidos

De acordo com a vistoria técnica da Defesa Civil Municipal, cinco imóveis foram atingidos pelo incêndio no Centro Comercial de Belém. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.
De acordo com a vistoria técnica da Defesa Civil Municipal, cinco imóveis foram atingidos pelo incêndio no Centro Comercial de Belém. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Já estão prontos os resultados da vistoria técnica realizada pela Prefeitura de Belém, por meio da Comissão Municipal de Defesa Civil, nos imóveis atingidos pelo incêndio no Centro Comercial de Belém na última quinta-feira, 13. Eles serão entregues, via ofício, ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e à Fundação Municipal de Cultura (Fumbel). E também nas mãos dos proprietários.

No final da manhã de ontem, 17, representantes da Defesa, Iphan e Fumbel foram ao local do incêndio. A vistoria foi realizada por um engenheiro da Defesa Civil Municipal e acompanhada pelo corpo de coordenação operacional.

De acordo com a vistoria técnica, cinco imóveis foram atingidos pelo incêndio, sendo dois deles com perda total e três com perdas parciais.

A priori, nos imóveis que sofreram perdas totais, os laudos apontam que os restantes das edificações estruturais apresentam risco de desabamento e sugere-se a demolição. Por conseguinte, os demais imóveis, que sofreram perdas parciais, apresentam rachaduras por conta das chamas e do calor excessivo, no entanto, não oferecem risco de desabamento.

Os laudos da vistoria técnica servem para dar ciência aos proprietários da situação estrutural em que se encontra o imóvel. Após o recebimento dos laudos, o Iphan e a Fumbel darão a autorização para demolição das estruturas que restaram após o incêndio.

ATUAÇÃO

Desde o incêndio ocorrido no Centro Comercial de Belém, na tarde de quinta-feira, diversos órgãos da Prefeitura estão atuando no local e na área no entorno, para garantir que a população sofra menos transtornos possíveis. A Guarda Municipal atuou de imediato no dia do sinistro, isolando a área e auxiliando no controle e orientação do trânsito.

O Corpo de Bombeiros ainda faz o trabalho de rescaldo do incêndio. Por isso, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) mantém a interdição na rua 15 de Novembro. Agentes da Semob estão na travessa Frutuoso Guimarães com a Boulevard Castilhos França, orientando e garantindo a fluidez no trânsito.

Segundo o Departamento de Patrimônio Histórico da Fumbel, com informações do laudo da Defesa, o incêndio atingiu cinco imóveis no centro comercial. Destes, dois localizados na rua 15 de Novembro tiveram perda total, restando apenas paredes, como a fachada. Apenas um destes dois prédios está classificado como de interesse à preservação.

Ainda segundo a Fumbel, os outros três imóveis atingidos ficam na rua João Alfredo. Eles também são de interesse à preservação. Entretanto nesses prédios só houve danos nas paredes dos fundos, que deverão ser derrubadas para a construção de novas.

O Departamento de Patrimônio Histórico fez a vistoria técnica em conjunto com a Defesa Civil de Belém e orientou os proprietários sobre como solicitar autorização para a obra emergencial.

Quanto aos imóveis que sofreram perda total, a Fumbel informa que vai notificar os proprietários para providências e orientar como proceder para salvaguardar as fachadas de interesse à preservação.

 

Fumaça ainda era vista no imóvel onde o fogo começou

Pryscila Soares

Após o incêndio que destruiu duas lojas na Rua 15 de Novembro, no Centro Comercial de Belém, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará segue monitorando a situação dos imóveis atingidos. A área continua interditada para o tráfego de veículos. Ontem de manhã ainda era possível observar fumaça em várias áreas dentro do imóvel onde o incêndio teve início. O incidente ocorreu por volta das 17h da última quinta-feira (13).

Na ocasião, o coronel CBM Jaime Oliveira informou à reportagem do DIÁRIO que cerca de 40 bombeiros distribuídos em 12 viaturas da corporação trabalharam no local por mais de 4h para controlar as chamas. Ontem, os bombeiros utilizaram um drone para auxiliar no monitoramento dos imóveis.

A Prefeitura de Belém informou que representantes da Defesa Civil Municipal, do Iphan e Fumbel estiveram no final da manhã de ontem no local do incêndio para entregar aos proprietários os laudos da vistoria técnica realizada nos imóveis atingidos. A vistoria foi feita por um engenheiro e acompanhada pelo corpo de coordenação operacional. Segundo a Prefeitura, os laudos de vistoria técnica servem para dar ciência sobre a situação estrutural dos prédios.

Corpo de Bombeiros Militar do Pará segue monitorando a situação dos imóveis atingidos pelo incêndio na última quinta-feira no Centro Comercial de Belém. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do Pará.

Os bombeiros que estiveram no local ontem informaram que ainda havia material em combustão na parte interna do que restou dos dois imóveis. Uma loja ao lado e um banco não abriram as portas para atendimento ao público. Uma funcionária da instituição bancária disse à reportagem que o banco aguardava a liberação do Corpo de Bombeiros para retomar o atendimento ao público.

Os estabelecimentos localizados em frente aos imóveis atingidos retomaram o funcionamento ontem. A expectativa dos lojistas é de que a situação seja normalizada o mais breve possível. Proprietária de uma loja de variedades, Gleiva Mota disse que a primeira medida de segurança adotada no dia do incidente foi fechar o estabelecimento.

“Para mim foi uma surpresa quando chegamos aqui no dia seguinte, porque fechamos a loja quando começou o incêndio. Fiquei muito nervosa na hora e fui embora. Começou a voar coisas, telhas, e como a gente é aqui na frente, tínhamos que proteger a vida. Só baixamos a porta e corremos. Isso abalou um pouco o movimento da 15. Tem os taxistas, que não podem vir para cá”, relatou.

Já o proprietário de uma loja de redes, Tomaz Araújo, 54, disse que o cheiro de fumaça só melhorou ontem. “Na quinta-feira eu fechei a loja mais cedo e foi bem na hora que o incêndio começou. Foi muito rápido, não teve como fazer muita coisa. Os bombeiros chegaram com uns 15 minutos aqui, mas acho que mesmo se já tivessem com mais efetivo, não ia ter jeito porque era material muito inflamável. O rescaldo, fizeram um bom serviço. Foi constante, foram bem atentos e eficientes”, explicou.