Grande Belém

Belém fará parte de projeto para reduzir o consumo de plástico

 O vendedor Marlison Almeida diz que é necessário se adequar às questões ambientais e adotar hábitos que ajudem a preservar o meio ambiente Foto: Wagner Almeida
O vendedor Marlison Almeida diz que é necessário se adequar às questões ambientais e adotar hábitos que ajudem a preservar o meio ambiente Foto: Wagner Almeida

Ana Laura Costa

Reduzir o consumo de plástico tem sido um debate cada vez mais presente em ações práticas ao redor do mundo. Inclusive, Belém está entre as cinco cidades do país escolhidas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para dar início a um projeto nacional que tem como objetivo a redução, ou até mesmo eliminação, da circulação de plástico de uso único ou descartáveis como canudos, talheres, pratos e embalagens.

O projeto terá início em 2025, com duração de 48 meses e investimento de US$ 9 milhões. Além da capital paraense, foram escolhidas Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador e Santos. No entanto, na capital paraense, a adoção de hábitos que garantam a preservação do meio ambiente já vem caminhando junto à educação e conscientização da população.

Apesar da dificuldade em fazer-se respeitar a Lei Municipal nº 9.513/19, que veda a utilização de canudos e outros utensílios plásticos, exceto os biodegradáveis, em restaurantes, bares, quiosques, no comércio ambulante, hotéis e similares – que entrou em vigor no dia 11 de outubro de 2020, hoje alguns vendedores de coco da Praça Batista Campos já usam canudos biodegradáveis.

De acordo com o vendedor Marlison Almeida, 25, que trabalha há aproximadamente um ano no espaço, é necessário se adequar às questões ambientais e adotar hábitos que ajudem a preservar o meio ambiente. Ainda segundo ele, a maioria dos clientes também preferem os canudos biodegradáveis.

“É a preferência das pessoas que frequentam aqui, a maioria não quer mais usar canudos de plásticos, é uma tendência. Já chegamos a usar os canudos de bambu também, vamos nos adequando”, afirma.

Já o vendedor de coco Mizael Maia, de 49 anos, conta que trabalha na praça há 26 anos e já passou por todas as transições do uso de canudo. Ele vê como uma forma de se atualizar as questões atuais, acompanhar o pensamento e hábitos dos clientes, além de ajudar a reduzir o consumo de plástico.

“Já usei o de bambu, acho que a maioria das pessoas que trabalham aqui já se adequaram. Ainda tem muitos clientes que trazem o próprio canudinho, então as coisas mudaram mesmo e a gente tem que ir caminhando nos conformes, se atualizando e ajudando a cuidar do espaço”, ressalta.