Grande Belém

Bares e restaurantes debatem futuro do setor em Belém

Encontro teve a apresentação do projeto Brasil Novo. Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.
Encontro teve a apresentação do projeto Brasil Novo. Foto-Wagner Santana/Diário do Pará.

Ana Laura Costa

Na tarde de ontem (21), o auditório do Sebrae, no Umarizal, foi palco de encontro com pequenos e microempreendedores do setor de bares e restaurantes do Estado para debater o futuro dos negócios no pós-pandemia O evento contou com a presença do presidente do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Nonaka, e da presidente da Abrasel no Pará, Isabela Lima, onde foi apresentado aos participantes o projeto “Brasil Novo”.

A Abrasel representa e desenvolve o setor de alimentação fora do lar e conta com 27 seccionais e 32 regionais em todo o Brasil, presente em mais de 600 municípios. Isabela Lima destacou que a COP 30, que será sediada na capital paraense, em 2025, é um momento muito importante para todo o setor produtivo, principalmente para a associação, pois o evento irá fomentar o turismo gastronômico dentro da cidade, o que demanda um projeto de melhorias que deixará um legado em Belém e aplica uma injeção de ânimo no setor.

“A pandemia afetou muito o nosso setor e a gente precisa fazer reinvestimentos. Então, precisamos de linhas de acesso fácil à créditos, mas também de iluminação pública de qualidade, segurança presente, calçadas adequadas, organizadas, que facilitem o acesso dos clientes aos empreendimentos. A mobilidade urbana também precisa ser o foco central, porque implica na chegada dos trabalhadores nos locais de trabalho, dos clientes e, principalmente, na qualidade de vida. Portanto, estamos com uma expectativa muito positiva e confiantes no processo que a prefeitura e o governo do Estado têm apresentado, é um projeto que vai deixar um legado para a cidade, em que vamos nos posicionar no cenário do turismo gastronômico no país”, ressalta.

Já o presidente do Conselho de Administração da entidade, Paulo Nonaka, pontuou que o projeto, além de debater com os pequenos e microempreendedores presentes sobre os desafios e perspectivas do setor, busca mostrar que a classe também pode ajudar a melhorar o país. Para isso, é preciso pensar na sustentabilidade financeira desses negócios.

“O Brasil Novo é um movimento de baixo para cima, nada partidário, mas da sociedade para tentarmos juntos melhorar o país. Até mesmo porque o setor ainda passa por um momento difícil, uma herança da pandemia. Hoje, cerca de 60% dos bares e restaurantes do Brasil não estão tendo lucro, ou estão perdendo ou empatando, ou seja, 40% que tem lucro. Então, nós temos cenários bem desafiadores pela frente”, disse.