Pryscila Soares
Sem a devida fiscalização e/ou coleta, muitos canteiros, vias públicas e calçadas têm servido de pontos de descarte irregular de lixo e entulhos, em Belém. A situação é desagradável, seja para quem mora ou visita a capital, e pode ser observada em vários pontos da cidade. Além de prejudicar o ir e vir da população, o acúmulo de resíduos deixa rastros de mau cheiro nas áreas.
Um desses locais é a Avenida Pedro Miranda, uma das principais vias da cidade, onde há vários pontos de descarte dos resíduos no canteiro central, entre as travessas Doutor Freitas e Alferes Costa, no bairro da Pedreira. No local não existe sequer um contêiner para minimizar o problema, que afeta sobretudo quem trabalha ou mora na área.
Um dos pontos de descarte fica localizado em frente ao restaurante onde Francisca Ribeiro, 54, trabalha. Quando o vento bate, é possível sentir o odor proveniente do lixo. Segundo ela, o despejo de resíduos no local é um problema antigo. A Prefeitura manda retirar, mas, em seguida, o ponto recebe lixo e entulhos novamente.
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“Está desde sexta-feira aí e a Prefeitura ainda não veio tirar. Sempre foi assim. Quando eu morava aqui em frente, a gente colocava (o lixo) em tambores. Mas depois levaram até os tambores. Já falamos que precisa colocar um contêiner, mas não falaram nada. Incomoda muito. A gente queria que colocassem pelo menos um contêiner para as pessoas descartarem o lixo e viessem retirar direto, porque estão demorando para recolher”, relata Francisca.
CALÇADA
Não é difícil encontrar pontos de descarte pela cidade, a exemplo da calçada da travessa Enéas Pinheiro, entre as avenidas Duque de Caxias e Visconde de Inhaúma, também na Pedreira. A cena se repete na travessa Barão do Triunfo com a avenida João Paulo II, no Marco. Já na travessa Angustura, próximo à Avenida Marquês de Herval, o lixo misturado aos entulhos e restos de construção é despejado em plena calçada, quase ao lado de uma parada de ônibus. Os moradores da área cobram solução e fiscalização por parte da Prefeitura de Belém.
Um deles é o eletricista Hugo Brasil, 47, que já denunciou a situação à administração pública, mas não teve sucesso. “Os moradores já fizeram várias denúncias. Em alguns momentos para, mas como não tem fiscalização, eles voltam. Vem carroceiro de longe jogar lixo aqui e de vez em quando bate o mau cheiro. Isso também faz com que as pessoas passem pela rua invés de utilizar a calçada. É risco de acidente”, afirma.
