Ação do Tribunal de Justiça do Pará une 45 casais em Belém

Ato uniu 45 casais. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do pará.
Ato uniu 45 casais. Foto: Celso Rodrigues/ Diário do pará.

Pryscila Soares

Quarenta e cinco casais se uniram em matrimônio, na manhã de ontem (10), na segunda cerimônia de Casamento Comunitário promovida este ano pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), na sede, em Belém. Realizado às 9h, o evento encerrou a XVIII Semana Nacional de Conciliação. Os casamentos foram formalizados pelas juízas Ana Lúcia Bentes Lynch, Ana Patrícia Nunes e Cristina Collyer.

O casamento é uma iniciativa do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), que também é responsável pelo cumprimento da Semana Nacional da Conciliação no âmbito do Poder Judiciário do Pará. Para efetivar os matrimônios, o Nupemec contou com a parceria do Cartório do 2º Ofício de Registo Civil – Guedes de Oliveira. Ao final da cerimônia, houve sorteio de brindes entre os casais participantes.

O Tribunal de Justiça promoveu ao longo da semana as conciliações da Semana Nacional da Conciliação, realizada anualmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com a desembargadora Dahil Paraense, coordenadora geral do Nupemec, o principal objetivo é evitar a judicialização das ações que tramitam no judiciário.

“Abrimos a Semana com um seminário e uma roda de conversas em Paragominas. Na segunda-feira fizemos um evento na Universidade Federal do Pará, quando houve o lançamento de um livro de um professor, procurador da Justiça, que também é nosso parceiro. E durante toda a semana foram realizadas as mediações e conciliações no Pará”, pontua a desembargadora.

O primeiro casamento comunitário promovido pelo TJ ocorre sempre no primeiro semestre do ano, durante a Semana Estadual de Conciliação. “O Brasil todo está fazendo este evento, todas as unidades judiciárias. Encerramos sempre com o casamento comunitário. A gente faz essa festa bonita, é uma maneira de auxiliar e valorizar a comunidade, que muitas vezes não tem condição de casar, de regularizar a situação. É tudo gratuito e rápido”, declara a magistrada.

EM NOME DO AMOR

Dentre os casais agraciados pela ação do Tribunal de Justiça estava o mais jovem deles. Aos 18 anos, a estudante Melissa Vasques formalizou a união de dois anos com o militar Mateus Vasques, 20. “Somos muito apaixonados um pelo outro. Decidimos casar e estamos aqui. Ficamos sabendo do casamento pelo site e corremos para fazer o nosso cadastro. Estou muito ansiosa. Depois vamos comemorar com um almoço em família”, disse a noiva.

Após 13 anos juntos, o casal de educadores físicos Margareth Vilhena, 36, e Hygor Figueiredo, 41, decidiu casar. O incentivo maior foi a chegada da primeira filha, a pequena Zoe, de 3 meses.

“Estava assistindo um jornal, almoçando com a minha mãe, quando vi a notícia sobre o casamento comunitário. Na hora, disse para a minha mãe: ‘se a Margareth estiver vendo isso, ela vai tocar no assunto’. Não deu cinco minutos, ela mandou uma mensagem falando do casamento comunitário e a gente concordou em casar. É importante para os casais que não têm condições de fazer uma cerimônia bacana, tentar oficializar da melhor forma. Então, ajuda a oficializar o relacionamento de muitos casais”, declarou o noivo, que nutria o desejo de oficializar o matrimônio com a amada.