Grande Belém

Ação conscientiza sobre os riscos do uso do cigarro

Foram ofertados serviços de saúde variados e de orientações sobre os riscos do tabaco. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Foram ofertados serviços de saúde variados e de orientações sobre os riscos do tabaco. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Cintia Magno

Em alusão ao Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado no dia 31 de maio, o Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante (Cratf), da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), realizou uma ação de conscientização e realização de exames básicos, no último domingo (28), em frente à sede do Cratf, na avenida Presidente Vargas.

Além da oferta de serviços de aferição de pressão arterial e glicemia, testagens rápidas para HIV, hepatites e sífilis, a programação levou informação à população a respeito dos riscos causados pelo tabaco.

“Nas ações voltadas para a população nós mostramos a importância da saúde, com testes, mostrando os riscos do uso do cigarro eletrônico, do narguilé”, contou a coordenadora do Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante (Cratf), Fátima Amine.

“O cigarro eletrônico oferece risco em todos os sentidos. Ele pode não ter tabaco, mas tem nicotina, que também causa dependência e é uma substância vasoconstritora, quando os vasos terminam sempre mais fechados e todos os malefícios advindos disso acontecem, podendo ter derrame, infarto do miocárdio, abortos, piora a hipertensão, piora a diabetes, asma e rinite porque tem solventes, então, se você ver toda a constituição do cigarro se percebe realmente que se corre um risco muito grande”.

Para as pessoas que desejam parar de fumar, a coordenadora informa que o Cratf é porta aberta. “Se vier com o encaminhamento do médico ou da unidade de saúde, ótimo, mas se não tiver não tem problema. Basta chegar e informar que deseja parar de fumar que a gente orienta, inscreve, fazemos a espirometria, o exame da função respiratória. É bom porque você mostra para a pessoa fumante que, embora ela não sinta nada, ela está perdendo a capacidade pulmonar”, explica Fátima. “Para a saúde pública, um que deixe o tabaco é um progresso. É difícil, mas é possível, é só nos procurar”.

Há quatro meses em tratamento contra o tabaco, a dona de casa Malu da Silva, 55 anos, já sente os efeitos na saúde. Para complementar os cuidados, ela decidiu participar da ação para verificar também outras questões de saúde.

“Eu faço tratamento de cigarro aqui. Parei de fumar desde janeiro e já tô sentindo muita diferença, diferença no cheiro que fica na gente, até mesmo no gosto da comida”, contou. “Eu vim e fiz também o teste de glicemia e está tudo certo, então, eu fiquei muito feliz com a ação”.