APROVAÇÃO

Violência digital contra mulheres pode entrar na Lei Maria da Penha, decide CCJ

Violência digital contra mulheres pode entrar na Lei Maria da Penha, decide CCJ

Violência digital contra mulheres pode entrar na Lei Maria da Penha, decide CCJ
Violência digital contra mulheres pode entrar na Lei Maria da Penha, decide CCJ Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou por unanimidade, em 1º de outubro, projeto que amplia a Lei Maria da Penha para incluir a violência eletrônica contra mulheres, como perseguição digital, exposição de intimidade, chantagem virtual e ameaças nas redes.

Senado Federal

Esta mudança faz parte do PL 116/2020, de autoria da senadora Leila Barros (PDT-DF), que recebeu parecer favorável do relator, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

A proposta foi aprovada em caráter terminativo na CCJ — ou seja, caso não seja objeto de recurso para votação em Plenário, seguirá direto para a Câmara dos Deputados.

O que propõe o projeto

• Reconhecer que as formas já previstas de violência — psicológica, sexual, patrimonial e moral — também podem ocorrer por meios eletrônicos.

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• Incluir expressamente no texto da lei atos como perseguição digital, exposição indevida da intimidade, chantagem e ameaças on-line no rol de condutas puníveis pela Lei Maria da Penha.

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• Atualizar o dispositivo legal para acompanhar as transformações tecnológicas e reforçar a proteção das mulheres também nos ambientes virtuais.

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Por que essa mudança é importante

A senadora Leila Barros defende que as redes sociais e os recursos digitais têm sido usados para humilhar, constranger e invadir a intimidade das mulheres, com impactos profundos na autoestima e na segurança.

O relator Veneziano Vital pontuou que expressar a violência eletrônica na lei vai trazer clareza para o Judiciário e fortalecer a repressão a esses abusos. “É oportuno e meritório o acréscimo que está sendo proposto, pois […] tem crescido exponencialmente a utilização de meios eletrônicos para toda sorte de abusos e violências, inclusive contra a mulher.”, disse.