
O pastor, professor e teólogo Sezar Cavalcante fez duras críticas à crescente reverência a Israel dentro do meio evangélico, alertando que o culto ao povo ou à nação pode ultrapassar os limites da fé e se transformar em idolatria. Segundo ele, o apego simbólico ou político à Terra Santa não deve se sobrepor à devoção exclusiva a Deus — sob o risco de se desvirtuar o sentido da adoração bíblica.
Em sua análise, Cavalcante destaca que Israel possui importância simbólica e histórica, mas defende que esses elementos não podem eclipsar os fundamentos espirituais da fé cristã. Ele adverte que a idolatria disfarçada de devoção pode, inadvertidamente, elevar a amálgama entre nação judaica e promessa divina acima do culto ao verdadeiro Deus.
Segundo o pastor é preciso fazer a distinção entre respeito e adoração: é legítimo valorizar a história e o papel de Israel, mas nunca atribuir-lhe culto ou reverência sobrenatural.

Para o religioso há o risco de sincretismo religioso-politizado, ou seja, o envolvimento simbólico com Israel pode ser apropriado de forma equivocada, levando à idolatria.
Para Cavalcante, deve haver centralidade de Deus na fé cristã: a devoção deve estar firmemente centrada na figura de Cristo, sem misturar elementos políticos ou étnicos.