QUEDA

Número de focos de incêndio no Brasil é o mais baixo em 12 anos

Brasil registra menor número de queimadas em 12 anos e reforça liderança ambiental rumo à COP30

Brasil registra menor número de queimadas em 12 anos e reforça liderança ambiental rumo à COP30
Brasil registra menor número de queimadas em 12 anos e reforça liderança ambiental rumo à COP30

De janeiro até 7 de agosto de 2025, o Brasil registrou o menor número de focos de incêndio para o período dos últimos 12 anos. Foram cerca de 30 mil ocorrências. A última vez que este período teve volume inferior de registros foi em 2013, com 28 mil casos. Os dados são do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A conquista impulsiona o país a ser líder pelo exemplo, em meio à organização da COP30 na Amazônia — o bioma brasileiro mais afetado pelas queimadas em 2024, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Na comparação com 2024, a queda de queimadas foi mais expressiva no Pantanal e na Amazônia. O primeiro bioma saiu de aproximadamente 6,6 mil focos de incêndio nos primeiros meses do ano passado para 126 em 2025. Já na Amazônia, o número passou de 30 mil para 7 mil casos.

A queda é reflexo do reforço de brigadistas, da ampliação de equipamentos e do uso de técnicas preventivas como queimas prescritas e aceiros. O Brasil conta hoje com o maior contingente de brigadistas federais da história: 4.385 profissionais. Além disso, o Ibama dobrou a frota de veículos, recebeu investimentos de R$ 45 milhões e dispõe agora de 11 helicópteros para combate a incêndios.

Parte dos recursos vem do Fundo Amazônia, que destinou R$ 405 milhões desde 2023, e da nova Lei 15.143/2025, que acelera repasses a estados e municípios e permite até o uso de aeronaves estrangeiras em emergências.

Declarações e Medidas Adotadas

Segundo André Lima, secretário extraordinário do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o resultado é consequência de dois fatores: a transição de um ano marcado pelo El Niño para um cenário climático neutro, e a adoção de políticas mais robustas de prevenção e combate ao fogo.

Com a COP30 marcada para novembro, medidas específicas também foram planejadas para o Pará. O Ibama e o ICMBio vêm executando queimas prescritas e aceiros como forma de prevenção.

“Nosso foco principal estará nas unidades de conservação próximas de Itaituba e Santarém, mas daremos apoio em Belém, caso necessário”, disse João Moreira, analista ambiental do ICMBio.

Para André Corrêa do Lago, presidente da COP30, as florestas são um trunfo global contra a mudança do clima. “Se revertermos o desmatamento e recuperarmos o que foi perdido, poderemos ativar remoções massivas de gases de efeito estufa e criar oportunidades de bioeconomia”, escreveu em carta à comunidade internacional.