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Líder de igreja, pastor é preso por crimes sexuais em Goiás

A suspeita de importunação é baseada em conversas de Passamani com uma pessoa pelo Instagram. O pastor supostamente envia mensagens de cunho sexual.
A suspeita de importunação é baseada em conversas de Passamani com uma pessoa pelo Instagram. O pastor supostamente envia mensagens de cunho sexual.

YURI EIRAS

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de Goiás prendeu preventivamente na quinta-feira (4) o pastor Davi Vieira Passamani. O ex-líder da igreja A Casa é investigado por suspeita de importunação sexual em um caso envolvendo uma seguidora de sua igreja em 2023.

Passamani estava a caminho de um evento religioso quando foi preso por agentes da delegacia de Atendimento Especializado à Mulher.

Em nota, a defesa representada pelo advogado Leandro Silva nega as acusações, afirma que o caso é uma “conspiração para destruição de sua imagem” e que as informações do inquérito são “vazias, lacunosas e genéricas”.

O pastor possui mais de 100 mil seguidores no Instagram. Na página oficial, há publicações de fotos com a família e mensagens religiosas e motivacionais.

Passamani foi líder da igreja A Casa e presidia a congregação até ser investigado pela primeira vez. Após a repercussão do caso, no ano passado, ele renunciou e fundou uma outra igreja, batizada de Us.

Segundo a polícia, é a terceira vez que Davi Passamani é alvo de investigação por crimes sexuais contra fiéis. A Polícia Civil de Goiás diz ter representado pela prisão preventiva do pastor por considerar a abertura da nova igreja “grave risco à ordem pública, já que o autor praticou o delito sexual valendo-se do seu exercício religioso”.

A suspeita de importunação é baseada em conversas de Passamani com uma pessoa pelo Instagram. O pastor supostamente envia mensagens de cunho sexual.

Em nota enviada à reportagem, a defesa do pastor argumenta que a troca de mensagens que baseia o inquérito policial durou 1h40, mas que “trechos de segundos e algumas fotos foram apresentadas” e atribuídas ao pastor. O advogado Leandro Silva chama a prisão de “espetáculo público criado pela autoridade policial” a fim de construir “uma imagem de abusador” no pastor.