Lucas Marchesini e Thiago Resende
FOLHAPRESS
O governo quer usar energia renovável nas construções do Minha Casa, Minha Vida para reduzir a conta de luz dos moradores. O plano está sendo discutido pelo Ministério das Cidades e pelo Ministério de Minas e Energia, disse o ministro das Cidades, Jader Filho, em entrevista para a Folha.
A ideia se aplicaria tanto para novas construções -o governo tem a meta de entregar dois milhões de habitações até 2026 – quanto para empreendimentos já finalizados. “Com isso você consegue baratear a conta de energia dessas pessoas e a intenção realmente é a conta de luz. A conta de energia acaba pesando muito no orçamento dessas pessoas”, disse.
A pasta também está finalizando um estudo para definir qual será o valor máximo permitido para o financiamento de um imóvel do Minha Casa, Minha Vida. Hoje, o limite é de R$ 130 mil, mas ele deve subir para acima de R$ 150 mil. “Já é certo que esse valor será elevado levando em conta obviamente as questões regionais. Vai depender de região para região. Cada estado terá um sublimite e, dentro dessas próprias unidades da Federação, você tem situações específicas, as realidades são distintas”, avaliou.
Outra mudança preparada pela pasta envolve correções de problemas identificados na primeira versão do programa, lançado em 2009.
“Não é só [estar] próximo [do centro]. É estar perto de unidade de saúde, estar perto de creche, de escola, do transporte público. Tem alguns critérios. Aqueles projetos que atenderem melhor a estes quesitos serão os prioritários para nós”, disse.
Todos esses critérios devem estar em um decreto e três portarias que o Ministério das Cidades deve publicar em até 30 dias. As normativas trarão também as regras para aluguel social, retrofit, lote urbanizado e compra dos imóveis usados, além de regras sobre que construtoras podem participar do programa.
“Há uma preocupação em relação a empresas que largaram o projeto no meio do caminho. Como há recurso [no programa] a gente quer exigir também qualidade e a questão do tempo de conclusão”.