O Instituto Clima e Sociedade (iCS) lançou, nesta quinta-feira (22), o edital “Projetos de Pesquisa em Economia Sustentável na Amazônia”, que vai destinar R$ 10 milhões para o financiamento de até 15 projetos. A iniciativa busca fomentar propostas que contribuam diretamente para o aprimoramento de políticas públicas e privadas focadas na criação de modelos econômicos sustentáveis voltados à conservação e restauração da floresta amazônica.
Os projetos selecionados receberão entre R$ 300 mil e R$ 2,5 milhões cada, e devem ter como escopo geográfico prioritário a Amazônia Legal, embora possam contemplar, de forma excepcional, parte da pesquisa em países vizinhos da região amazônica. O prazo de inscrições vai até 27 de junho, e o edital está disponível no site do iCS.
A iniciativa faz parte da Rede de Pesquisa para uma Economia Sustentável da Amazônia (RESA), com apoio do Bezos Earth Fund. Podem participar universidades públicas, privadas sem fins lucrativos ou instituições de pesquisa com missão institucional voltada à ciência e inovação.
Pesquisas com foco em soluções concretas para a floresta
Segundo a diretora executiva do iCS, Maria Netto, o objetivo é fortalecer a produção científica e a elaboração de soluções que partam da realidade local. “Este edital pretende contribuir para o fortalecimento da capacidade da comunidade científica amazônica de realizar análises econômicas e produzir novos modelos de desenvolvimento para a Amazônia. Dados e informações de qualidade, com base na ciência e na visão de quem vive na região, são fundamentais para impulsionar o desenvolvimento sustentável com a floresta em pé”, afirmou.
Leon Clarke, diretor do Bezos Earth Fund, reforçou: “Boas informações são fundamentais para boas decisões, e a melhor compreensão do que realmente pode funcionar vem das pessoas que vivem na Amazônia”.
Notícias Relacionadas
Áreas temáticas abrangidas
Entre os principais temas do edital estão:
- Bioeconomia e desenvolvimento socioeconômico: sociobiodiversidade, povos tradicionais, extrativismo, agroecologia, inovação, pagamento por serviços ambientais.
- Planejamento e ordenamento territorial: áreas protegidas, regularização fundiária, políticas públicas e infraestrutura.
- Segurança pública: impactos da economia ilegal, criminalidade ambiental, conflitos por terra e recursos naturais.
- Mudanças climáticas: adaptação, impactos econômicos e sociais, logística, trabalho e renda.
- Desenvolvimento rural sustentável: agricultura familiar, cadeias produtivas de baixo carbono, assistência técnica, legislação ambiental.
- Questões transversais: gênero, juventude, energia, mineração, comunicação indígena, relações comerciais éticas, entre outros.
A seleção irá priorizar propostas com alto potencial de aplicação prática, impacto em políticas públicas e capacidade de formar novos pesquisadores na região.
O prazo final das inscrições é dia 27/06. Para obter informações mais
detalhadas e se inscrever, clique aqui.
