DECISÃO

'Gordinha de Ondina': TRT confirma indenização por assédio moral na C&A

Tribunal na Bahia confirma pagamento após gerente fazer comentários sobre o peso da funcionária

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Uma operadora de vendas de Salvador, Bahia, receberá indenização após ser alvo de comentários discriminatórios por parte do gerente da loja C&A Modas S.A. O Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA) confirmou a decisão em 21 de fevereiro de 2025, que ainda permite recurso. A funcionária foi ofendida em relação ao seu peso, marcando um importante caso contra o assédio moral e a discriminação no ambiente de trabalho.

A funcionária, cuja identidade permanece em sigilo, relatou uma relação positiva com os colegas, exceto com o gerente. Ele a insultava, chamando-a de gorda e justificando sua condição física como razão para não promovê-la. Além disso, referia-se a ela e a outras colegas como “Gordinhas de Ondina”, aludindo à obra Meninas do Brasil, de Eliana Kértsz, que celebra a diversidade feminina.

Testemunhas confirmaram que o gerente fazia comentários depreciativos sobre a alimentação da operadora, mencionando seu consumo de coxinhas. A juíza Léa Maria Ribeiro Vieira, da 31ª Vara do Trabalho de Salvador, reconheceu o tratamento humilhante e determinou a indenização equivalente a um salário da trabalhadora.

Inconformada com o valor, a operadora recorreu, buscando maior compensação. O desembargador Valtércio de Oliveira, relator do caso, manteve a decisão inicial. Argumentou que, apesar do desprezo do gerente, a indenização estava alinhada aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.