DO PARÁ PARA MUNDO

Pabllo Vittar leva o Pará na mala: maniçoba, açaí e saudade da infância

Em qualquer cidade do Brasil ou do mundo em que esteja fazendo shows ou a passeio a cantora, nascida no Maranhão e que viveu em Santa Izabel, Castanhal, Ananindeua e Belém, de recém-nascida aos 13 anos de idade, não abre mão de um bom vatapá, tacacá, maniçoba e açaí.

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Fotos: Gabriel Renné / Divulgação
Fotos: Gabriel Renné / Divulgação

Pabllo Vittar nasceu em São Luiz (MA) e foi criada no Pará, onde viveu até os 13 anos de idade. A cantora sempre menciona em entrevistas a época em que morou em cidades como Castanhal, Santa Izabel, Ananindeua e Belém. Tá, mas e daí? Isso é público e notório. Onde está a novidade?

Entretanto, tem uma coisa que pouca gente sabe e que, agora, o DIÁRIO NA EUROPA te conta com exclusividade. Sabias que mesmo tendo se mudado do Pará há quase 20 anos, a cantora ainda hoje faz questão de comer maniçoba, vatapá, tacacá e tomar açaí em qualquer parte do Brasil ou do mundo onde esteja em turnê ou a passeio?

É isso mesmo: por videochamada e diretamente de Portugal, batemos um papo com a artista, que vem ao país para um show em Lisboa, no próximo 26 de julho, dentro da turnê “Batidão Tropical 2.0”, que já passou por várias cidades do Brasil, além de Washington, Los Angeles, nos Estados Unidos, e ainda vai ao México e Bélgica.

“Sempre que eu posso, visito o Pará e faço shows lá. O povo tem um carinho muito grande por mim. A galera sempre me abraça muito. Eu moro em Minas Gerais há mais de dez anos, amo Minas e sou um pouco mineira já. Mas não esqueço do calor humano do Pará”, diz Pabllo.

E mesmo com a agenda cheia, como faz para ter sempre à disposição, na mesa, aquela maniçoba ou vatapá? “Minha mãe viaja comigo e é ela que prepara essas delícias para mim. E a comida do Pará é simplesmente a melhor, disso não tenho dúvidas. Minha mãe capricha, mas comer no Pará tem outro sabor, é outra história”, elogia a artista.

Falar na comida paraense imediatamente traz à memória de Pabllo as imagens da infância, vivida no nordeste do estado, entre Castanhal e Santa Izabel. Era um tempo em que brincar com os amigos nas ruas, sem preocupações, era a regra, não exceção, e sem hora para terminar. “Não esqueço da época em que, bem criança, subia no açaizeiro, corria, me divertia. Foi um período muito feliz esse que tive. Por isso que digo que o que mais sinto falta é de voltar a ser criança”.

Ligação também com a música paraense

Famosa pelos figurinos e coreografias impactantes, Pabllo chama a atenção pela mistura que faz do forró com o pop e a música eletrônica. E um dos grandes sucesso da carreira é a releitura de “São Amores”, que em 2008 foi gravada em ritmo de technomelody pela banda Quero Mais, no Pará.

Por outro lado, a turnê “Batidão Tropical 2.0” vem no embalo do álbum homônimo, lançado em 2024 e que, em apenas 24 horas, bateu as 4,7 milhões de reproduções no Spotify. Ainda no ano passado, Pabllo teve participação especial no show em que Madonna levou 1,6 milhão de pessoas à praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, segundo números da Riotur.

No momento, a artista prepara seu sétimo álbum, onde vai cantar exclusivamente em inglês e espanhol, o que significa que está investindo na internacionalização da carreira. Lançou há dois meses a música “Fantasía”, em parceria com a cantora argentina Nathy Peluoso, e percorre ainda o país com o “Club Vittar”, uma festa em que se transforma em DJ.

O show em Portugal acontece dia 26 de julho no Campo Pequeno, em Lisboa e estão confirmados no repertório as músicas “São Amores”, “Rubi”, “Zap Zum”, “Triste com T”, além de “Álibi” e “Sua Cara”.

*Sérgio Augusto do Nascimento é um jornalista paraense que vive em Portugal. Foi repórter e editor e hoje é correspondente do DIÁRIO na Europa.