BIENAL DAS AMAZÔNIAS

Barco obra de arte está ancorado na Escadinha do Cais do Porto até o dia 28

A programação oferece uma série de atividades pedagógicas com contação de histórias e um ateliê bem peculiar sobre as águas da Baía do Guajará.

BIENAL DAS AMAZÔNIAS – SOBRE AS ÁGUAS.

Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
BIENAL DAS AMAZÔNIAS – SOBRE AS ÁGUAS. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

A Bienal das Amazônias Sobre as Águas tem sido um dos destaques culturais de Belém neste mês de fevereiro. Com seu barco obra de arte ancorado na Escadinha do Cais do Porto, no bairro da Campina, o projeto oferece uma experiência imersiva e interativa. No sábado (15), a programação ganhou um novo capítulo com a estreia do Ateliê sobre as Águas, um espaço interativo onde crianças e adultos podem explorar cores, texturas e narrativas inspiradas na própria embarcação e na paisagem da Baía do Guajará.

A atividade, que passa a acontecer aos sábados, de 16h às 18h, e domingos, de 10h às 12h, faz parte da proposta educativa da Bienal e é coordenada por Emerson Caldas, 26, responsável pelo setor pedagógico do projeto. A ideia do Ateliê é permitir que visitantes expressem suas percepções a partir do contato com o barco e sua estética vibrante, funcionando como um ateliê-laboratório no terceiro andar.

“O barco é uma obra de arte e queremos que as pessoas interajam com ele de forma criativa. Aqui crianças e adultos podem desenhar, escrever e produzir a partir da apreciação e contextualização que a experiência proporciona, com base no que elas observaram aqui e no entorno”, afirmou Caldas.

A arte-educadora Isabela Miranda, 26, é a idealizadora da atividade e reforça que a proposta vai além da atividade manual. “Nosso objetivo é despertar a curiosidade e o olhar artístico. Pensei na questão da criatividade relacionada aos sentimentos que trazem a água, já que este andar [o 3º] tem a natureza, que é o céu, as estrelas, e tem toda essa conexão e estimula a pensar de forma mais reflexiva”.

VISITANTES

O evento tem atraído a atenção de moradores e turistas. O casal Marcos Monteiro, 27, e César Mártires, 25, saiu do bairro de São Brás para apreciar a iniciativa que, segundo eles, é inovadora e incentiva a valorização da arte amazônica. “Nunca tinha visto nada parecido. A ideia de um barco como espaço cultural é sensacional. Dá para aprender e se divertir ao mesmo tempo”, comentou Marcos. “Acho essencial que existam espaços como esse, onde a cultura regional é fortalecida e compartilhada de forma acessível”, complementou César.

A Bienal das Amazônias sobre as Águas, tem encantado o público com o barco-obra de arte, e está com novidades para os visitantes neste final de semana. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Vindo de Paragominas, região nordeste paraense, o engenheiro Roni Freire, 34, visitou o espaço com a esposa Priscila Freire, 33, e os filhos Ana Laura, de 7 anos, e Lorenzo, de 3, que aproveitaram o primeiro dia de atividades de arte.

“Viemos na Estação das Docas e nos deparamos com um barco colorido, chamativo. Entramos sem entender muito, mas andando a cada piso, fomos entendendo mais a proposta, a arquitetura, os desenhos, a questão cultural de ser um barco da Amazônia; acho que isso reflete muito a nossa região e a gente fica à vontade, é bem aconchegante”, relatou.