SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Simone Regina de Abreu Nunes, que foi atropelada pelo ator Lima Duarte no começo de março passado, entrou com um processo na Justiça em que exige indenização de R$ 1,2 milhão. Ela solicita, ainda, que a Justiça garanta o pagamento de pensão mensal no valor de R$ 5.000.
A ação foi protocolada na sexta-feira (28) no Tribunal de Justiça de São Paulo.
De acordo com a vítima, que sofreu o acidente enquanto pilotava sua moto e teve cinco ossos da bacia fraturados, ela teria sido obrigada a parar de trabalhar por conta de seu estado de saúde. Na ocasião do atropelamento, já internada, Simone Regina comentou em entrevista a sua situação profissional.
“Eu tirava, em média, R$1.000, R$ 1.200 por semana. Se eu ficar em casa dois meses, são oito semanas. Faz a conta de quanto eu estou deixando de ganhar. E as minhas contas não vão parar de chegar”, declarou.
Lima Duarte, por meio de sua defesa, alega que está sendo alvo de “calúnia e difamação”.
O ator de 93 anos atropelou Simone Regina no bairro da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. De acordo com sua assessoria, não é possível atestar quem teve a culpa, mas Lima prestou socorro e se colocou à disposição desde o princípio para ajudar nas investigações.
Em nota redigida pelo próprio ator, ele deu mais detalhes sobre o incidente. “Gostaria de esclarecer que, enquanto dirigia meu carro, fui envolvido em um acidente com uma motocicleta. Após a colisão, imediatamente prestei os devidos socorros à motociclista e aguardei a chegada da polícia”, diz trecho do comunicado.
“A minha prioridade foi garantir que a motociclista recebesse a assistência necessária e que a situação fosse tratada com a maior seriedade possível. Gostaria de destacar que sou um motorista consciente e responsável”, emendou.
Segundo informações divulgadas pelo UOL, os advogados de Lima Duarte afirmam que já foi feito um acordo com a motociclista, no valor de R$ 30 mil, e que o pagamento já teria sido feito.
Sobre o caso, em postagem recente no Instagram o artista se disse alvo de etarismo, isto é, discriminação contra pessoas consideradas velhas.
“Só se preocupam em saber a minha idade, em afirmar categoricamente que um homem de 93 anos como eu sou responsável por qualquer acidente que aconteça comigo”, disse.