O ex-participante do Big Brother Brasil Matteus Amaral voltou ao centro das atenções após o Ministério Público Federal (MPF) encaminhar ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) uma denúncia sobre suposta fraude em cotas raciais. O caso envolve também sua mãe, Luciene Amaral, e diz respeito ao uso da autodeclaração como negros para ingresso no Instituto Federal Farroupilha (IFFar). O episódio ocorreu há mais de dez anos, mas ganhou nova dimensão depois da passagem de Matteus pelo reality show da TV Globo, que o transformou em figura pública.
De acordo com o MPF, a investigação foi transferida ao órgão estadual porque o ex-BBB era menor de idade na época da inscrição. Já Luciene, que também utilizou o mesmo critério racial para cursar agroindústria, permanece sob apuração direta. A denúncia foi formalizada por um ativista de direitos humanos, que solicitou averiguação sobre possível falsidade ideológica, crime previsto no Código Penal Brasileiro. O MPF reforçou que a verificação de autodeclarações raciais segue critérios legais e pode acarretar penalidades em caso de irregularidades comprovadas.
Em nota, a defesa de Matteus afirmou não ter sido comunicada sobre novas medidas ou desdobramentos formais relacionados ao caso. Segundo os advogados, até o momento não há confirmação de qualquer procedimento adicional envolvendo o ex-BBB ou sua família. Enquanto o MPRS avalia os próximos passos, o episódio reacende o debate sobre a fiscalização das políticas de cotas raciais no ensino público e os desafios em garantir que elas sejam aplicadas de forma justa e transparente.
Editado por Clayton Matos