Dr. Responde

Vacinas contra a dengue: como será a distribuição aos municípios

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) submeteu ao Ministério da Saúde o pedido para a realização de um acordo de transferência de tecnologia da vacina contra a dengue Qdenga com a farmacêutica japonesa Takeda, responsável pela dose.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) submeteu ao Ministério da Saúde o pedido para a realização de um acordo de transferência de tecnologia da vacina contra a dengue Qdenga com a farmacêutica japonesa Takeda, responsável pela dose.

Os Municípios com população residente igual ou superior a 100 mil habitantes considerados com alta transmissão de dengue nos últimos meses e também nos últimos dez anos devem ter prioridade no recebimento das doses de vacina contra a dengue. Segundo a notícia divulgada pelo Ministério da Saúde, a primeira remessa com cerca de 750 mil doses da vacina contra a doença será disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é de que as primeiras doses no SUS sejam aplicadas em fevereiro.

A lista dos Municípios e a estratégia de vacinação ainda serão informadas pelo Ministério da Saúde nos próximos dias. O público-alvo, em 2024, até o momento, foi definido pela pasta como sendo de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.  Entretanto, o laboratório produtor recomenda a imunização de 4 a 60 anos. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A remessa recebida irá passar pelo processo de liberação da Alfândega e da Anvisa e encaminhada para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Uma segunda remessa, com 570 mil doses, deve ser entregue no próximo mês.

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) recomenda aos gestores municipais que aguardem informações do Ministério com relação à faixa etária prioritária que será iniciada a vacinação contra a dengue no SUS. Enquanto isso, é importante que as localidades realizem ações de promoção de saúde para a comunidade levando informação sobre a importância e para o que serve a vacinação, com a finalidade de evitar rejeição ao iniciar a imunização, obtendo sucesso com altas coberturas vacinais.

A entidade reforça, ainda, a importância de intensificar, também o controle do Aedes Aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya, febre amarela e zika com ações informativas e coletivas de eliminação de focos de água parada, o descarte adequado de resíduos, a manutenção de caixas d’água limpas e tampadas, a aplicação de larvicidas e inseticidas, a inspeção detalhada de calhas e telhados, entre outras, são fundamentais para o controle do mosquito. Também é fundamental a articulação entre as áreas de educação, infraestrutura, assistência social, meio ambiente, limpeza urbana, finanças e saúde no combate às doenças.

Por fim, a CNM reforça que a vacinação contra a dengue não previne contra as outras doenças que o mosquito pode causar. Com isso, a prevenção permanece como a estratégia mais eficaz, exigindo a participação ativa da comunidade e reforçando a importância contínua dessas medidas.

Da Agência CNM de Notícias, com informações do Ministério da Saúde