DIA MUNDIAL DA SAÚDE

Dia da Saúde: Medicina da dor ajuda trazer alívio aos pacientes

A medicina da dor já é algo estudado há algum tempo, porém a popularização desta modalidade médica ainda é lenta no Brasil

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O médico especialista em dor e ortopedista, Eric Teixeira. Foto: Reprodução
O médico especialista em dor e ortopedista, Eric Teixeira. Foto: Reprodução

Nesta segunda-feira (7), é comemorado o Dia Mundial da Saúde. Criado pela OMS, em 1948, o evento visa conscientizar a respeito de boas práticas que podem proporcionar mais qualidade de vida. Um fator que leva à vida saudável é a prática de exercícios físicos, como todos sabem, mas nem sempre quem pratica algum esporte está livre de sentir dores, que podem ser crônicas.

“Todos estamos sujeitos a desgastes, mas a prática regular pode evitar dores incapacitantes no futuro. Um idoso de 80 anos, por exemplo, com sarcopenia (perda de massa muscular), tem menos sustentação corporal, sofre mais com o desgaste das cartilagens. Se ele tivesse praticado exercícios, teria mais músculos, mais resistência e menos dor”, explica o médico especialista em dor e ortopedista, Eric Teixeira.

A medicina da dor já é algo estudado há algum tempo, porém a popularização desta modalidade médica ainda é lenta no Brasil. “No SUS, por exemplo, ela praticamente não existe. Em São Paulo, já temos atendimento em hospitais públicos, mas, aqui no Pará, ainda não. Na rede privada, somos cerca de cinco profissionais atuando nessa área em Belém”, conta Teixeira, que ressalta a utilidade desta especialidade. 

Segundo ele, os pacientes por serem leigos, chegam ao consultório com sinais e sintomas desconexos, muitas vezes com um diagnóstico errado ou um tratamento mal direcionado. “Um exemplo comum é a fibromialgia, que é diagnosticada por exclusão. Muitas outras doenças, como lúpus, artrite e outras condições autoimunes, têm sintomas semelhantes. E aí, o que acontece? A dor física acaba se misturando a fatores psicossociais — como a depressão — e tudo fica embolado”, aponta Teixeira.

Quando a dor dura mais de três meses e não melhora, é possível chamá-la de dor crônica. O especialista avalia a dor como uma experiência sensitiva e emocional desagradável. A não solução do sintoma pode frustrar e desanimar o paciente. Teixeira finaliza recomendando que os pacientes não pratiquem a automedicação e evitem postergar a realização de exames que possam indicar um tratamento mais preciso de dores não tratadas da maneira correta.