
Fevereiro Roxo representa um mês dedicado à conscientização de algumas doenças como o Alzheimer, uma doença neurodegenerativa que provoca o declínio das funções cognitivas, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. Segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), no Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade e 6% delas têm a doença de Alzheimer.
O principal sintoma da doença é a perda de memória. No entanto, de acordo com o médico neurologista Antônio de Matos, no início do quadro é comum que o paciente seja entendido como uma pessoa desatenta ou prolixa, já que costuma ser esquecido ou repete várias vezes a mesma história. “São pequenas alterações no modo de ser, o que chama mais atenção é o esquecimento e costuma atingir mais pessoas idosas, a partir dos 65 anos”, afirma.
O diagnóstico da doença é feito pela história clínica, ou seja, um conjunto de informações sobre o paciente, como doenças, hábitos, consultas, exames e tratamentos, além de identificar fatores de risco. Segundo o médico neurologista, também são usados exames de imagens para excluir outras possíveis causas.
Sobre as diferenças entre a doença de Alzheimer e outras condições neurológicas, vale ressaltar que o Alzheimer começa com problemas de memória e cognição, e progride lentamente ao longo dos anos, diferente da demência vascular, que pode começar de forma mais abrupta, com episódios de declínio cognitivo após acidentes vasculares cerebrais (AVCs) ou outras lesões cerebrais.
“A doença de Alzheimer não necessariamente é uma demência, demência é um quadro que determina uma incapacidade de curso inexorável”, explica Antônio de Matos.
Os principais fatores de risco são todos que afastam as pessoas do estado de saúde, como sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, diabetes ou pressão alta, além de histórico familiar. Contudo, é possível diminuir os riscos de desenvolver a doença com a mudança de estilo de vida.
“Não realizar atividade física, não cuidar da alimentação, não quer dizer que você vai ter Alzheimer, mas provavelmente aumenta esse risco. A casa não precisa cair para você arrumá-la, tem que cuidar antes que caia, certo?”, reforça.