ESTUDO

86% dos jovens adultos usam medicamentos psiquiátricos de forma contínua

86% dos jovens adultos entre 18 e 39 anos que fazem uso contínuo de medicamentos estão utilizando remédios psiquiátricos.

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Iustração/Canva
Medicamentos Iustração/Canva

Um estudo recente realizado pela Far.me revela que 86% dos jovens adultos entre 18 e 39 anos que fazem uso contínuo de medicamentos estão utilizando remédios psiquiátricos. A pesquisa, que analisou 8 mil tratamentos entre janeiro e setembro de 2024, aponta a crescente relevância da saúde mental entre essa faixa etária, destacando o uso de medicamentos como quetiapina (15%), venlafaxina (14%) e escitalopram (12%), que são amplamente utilizados para o tratamento de transtornos como depressão e ansiedade.

Quetiapina: O medicamento psiquiátrico mais utilizado

A quetiapina se destaca como o medicamento psiquiátrico mais consumido em todas as faixas etárias. Sua popularidade está ligada ao tratamento de diversas condições, incluindo transtornos de humor e psicose, consolidando-se como uma escolha predominante tanto para jovens adultos quanto para outras faixas etárias. No caso dos adultos entre 40 e 69 anos, a quetiapina também lidera (18%), seguida por sertralina (13%) e escitalopram (13%), medicamentos voltados para o tratamento de ansiedade e depressão.

Mudança no uso de medicamentos psiquiátricos em idades mais avançadas

Entre os adultos com 70 anos ou mais, a utilização de medicamentos psiquiátricos cai para 35%, com destaque para a quetiapina (19%), além de memantina (8%) e donepezila (8%), que são indicados no tratamento de sintomas da doença de Alzheimer. Esse número menor reflete a maior prevalência de outras condições de saúde, como doenças crônicas, que se tornam mais comuns com o envelhecimento. Rafael Mandelbaum, CEO da Far.me, destaca que, apesar da redução no uso de medicamentos psiquiátricos nas faixas etárias mais avançadas, a complexidade do tratamento aumenta à medida que os pacientes lidam com múltiplas condições simultâneas.

Desafios do tratamento psiquiátrico em diferentes faixas etárias

De acordo com o levantamento, embora os jovens adultos apresentem uma alta taxa de utilização de medicamentos psiquiátricos, a prevalência tende a diminuir com o envelhecimento, à medida que problemas de saúde crônicos, como hipertensão e colesterol elevado, tornam-se mais prevalentes. “A crescente complexidade do tratamento psiquiátrico em idades mais avançadas exige uma abordagem holística, que combine cuidados médicos e psicológicos, adaptando o tratamento às necessidades de cada fase da vida”, afirma Mandelbaum.

Conscientização e cuidados com a saúde mental

O estudo reforça a urgência de promover uma conscientização contínua sobre a saúde mental em todas as idades. É fundamental garantir que o tratamento seja ajustado conforme as necessidades específicas de cada faixa etária, oferecendo suporte adequado em cada estágio da vida. A Far.me se compromete a oferecer serviços que acompanham e otimizam o tratamento de saúde mental, por meio de tecnologia e assistência personalizada, garantindo que todos tenham acesso a cuidados contínuos e adequados.