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Justiça aprova home office para mãe de crianças diabéticas

Mãe de gêmeos com diabetes consegue horário especial de trabalho para cuidar dos filhos

Mãe de gêmeos com diabetes consegue horário especial de trabalho para cuidar dos filhos
Mãe de gêmeos com diabetes consegue horário especial de trabalho para cuidar dos filhos

Uma docente de uma universidade em Curitiba obteve na Justiça o direito de ter sua carga horária adaptada para dedicar-se aos cuidados dos filhos gêmeos, de 5 anos, diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo 1 – uma doença crônica que exige monitoramento constante dos níveis de glicose no sangue. A decisão, proferida pela juíza federal Giovanna Mayer, da 5ª Vara Federal de Curitiba, levou em consideração a necessidade de equilibrar a vida profissional da mãe com o tratamento das crianças.

Em sua petição inicial, a professora explicou que, antes do diagnóstico em 2019, conseguia conciliar as aulas presenciais com as responsabilidades domésticas. No entanto, após a descoberta da doença, sua rotina passou a ser dominada por medições frequentes de glicemia, aplicações de insulina e acompanhamento médico, tornando inviável o cumprimento de um horário fixo de trabalho.

Decisão Judicial e Saúde das Crianças

A magistrada destacou que o direito à saúde das crianças deve prevalecer e ressaltou a importância de garantir condições para que a mãe exerça sua função parental com segurança. Dessa forma, determinou que a universidade adote o regime de home office com horários flexíveis, desde que a docente compense as horas conforme as demandas institucionais.

A instituição de ensino argumentou que o pai das crianças poderia assumir os cuidados, mas a juíza ponderou que a professora detém a guarda unilateral dos filhos. Assim, deferiu o pedido, mas deixou em aberto a definição exata dos horários, permitindo que as partes ajustem o esquema conforme as necessidades futuras.

“Não cabe ao Judiciário estabelecer de forma definitiva como será estruturada a rotina funcional da autora, uma vez que a realidade pode exigir adaptações constantes”, concluiu a juíza.

Com informações da Justiça Federal do Paraná.