O Círio de Nazaré atrai milhares de pessoas para a capital paraense. O grande fluxo de visitantes em Belém significa um bom momento para a economia da cidade. Diferentes setores aproveitam a ocasião para conseguir um rendimento a mais. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) mais de 80 mil turistas devem visitar a cidade de Belém no período do Círio deste ano.
O número representa um crescimento de 11% em relação ao ano passado. Em decorrência disso, a estimativa de gasto médio dos visitantes de fora do estado é de 34,5 milhões de dólares, correspondente a 189 milhões de reais. Os números dão uma dimensão do quanto de dinheiro pode circular durante a festividade do Círio em Belém e o quanto a época pode impulsionar setores como comércio e serviços, este último incluindo o de transporte.
No caso dos taxistas, as expectativas são as melhores, principalmente para quem fica nas proximidades da Basílica. O taxista Elias Oliveira, 74 anos, há quatro décadas atua conduzindo passageiros pela cidade. Atualmente, o ponto dele é na avenida Generalissimo Deodoro esquina com a avenida Nazaré. Para ele, esta reta final de semestre é uma das melhores épocas do ano para faturar como taxista. “Para este período de Círio tenho boas expectativas. A tendência é aumentar a quantidade de corridas já no início do mês de outubro. Essa área aqui é estratégica e quem é taxista consegue faturar bem”, comenta Elias.
Há uma década trabalhando como taxista, Domingos Brito, 42 anos, fica no ponto localizado na travessa 14 de Março esquina com a avenida Nazaré. Para ele, são dois momentos importantes que aumentam a quantidade de corridas neste segundo semestre: o Círio e as festividades de final de ano. “Pelo menos um mês antes do Círio a gente já percebe uma procura maior na quantidade de corridas. Na época das festividades do Círio, uma diária num turno chega a ter o valor de pelo menos 250 reais. É uma época boa. Dá pra dar uma aliviada nas contas”.
Em outro ponto da travessa 14 de Março, trabalha Olenilson Pinheiro, 52 anos, que atua como taxista desde o ano de 2020. De acordo com ele, mesmo com a concorrência dos aplicativos de mobilidade urbana, ainda é grande a procura pelo serviço de táxi. Segundo Olenilson, a tendência é de crescimento nas corridas e do faturamento com a proximidade dos festejos de Nossa Senhora de Nazaré. “É o melhor período do ano. O faturamento é tão melhor que a gente até brinca dizendo que é o décimo terceiro do taxista”, comenta Olenilson.