Círio de Nazaré

Cruz Vermelha fez quase 500 atendimentos. Veja balanço e imagens!

Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Tylon Maués

Depois de dois anos a Cruz Vermelha retomou as ações do “Projeto Círio” em Belém. O tempo afastado foi por causa da suspensão das procissões oficiais com a pandemia de Covid-19. Ao todo, foram aproximadamente quatro mil voluntários dispostos em 20 postos durante os trajetos da Trasladação e do Círio, com atendimentos pré-hospitalares a quem tivesse desmaios, convulsões ou até casos mais graves nas peregrinações.

Na manhã desta segunda-feira, 10, a Cruz Vermelha informou o total de atendimentos realizados nas procissões de sábado e domingo. Foram 227 atendimentos na Trasladação e 250 no Círio.

Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

O treinamento dos voluntários foi até o dia primeiro de outubro, com uma simulação da procissão do Círio com cerca de mil pessoas. Mesmo tendo uma atuação durante todo o ano, é no Círio que a Cruz Vermelha Brasileira tem um maior índice de procura, a maioria por jovens.

Aos 18 anos, o estudante do primeiro semestre de Medicina Erick Lopes esta em seu primeiro voluntariado. Ele explica que a associação de várias pessoas em busca de ajudar o próximo é algo que engrandece. “É a oportunidade de ajudar. Justamente por estar na área de saúde, estou nesse projeto é uma motivação. É algo que me reforça a certeza que escolhi o caminho certo para minha vida”.

Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Para Aloizio Teixeira Júnior, 32, conferente, ser voluntário não é novidade, mas a experiência do Bombeiro Civil na Cruz Vermelha durante o Círio foi diferente de tudo o que havia visto. “É muito gratificante. São muitos atendimentos e, felizmente, somos uma equipe muito bem treinada e comprometida em ajudar as pessoas. É um sufoco, mas estamos aqui para um ato de fraternidade” disse. “O grande prêmio do voluntariado é a gratificação que a gente sente. Ajudar os nossos semelhantes te faz sentir mais humano e forte”.

Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Coordenadora do Posto do Largo do Redondo, no bairro de Nazaré, Tânia Monteiro, 41, que estuda para ser Técnica em Enfermagem, só pôde falar com a reportagem porque a Berlinda estava longe, ainda na Avenida Presidente Vargas. “Se estivesse perto, estaria um sufoco aqui”, explicou.

Também Coordenadora Adjunta da Cruz Vermelha em Castanhal, Tânia está na CV há cinco anos, tempo em que teve a certeza que precisaria trabalhar na área de saúde. “É como uma chama que cresce dentro de você. Quando estamos atuando, ajudando uma pessoa, carregando uma maca, essa chama cresce muito com uma explosão de adrenalina. Quando temos um paciente, nossa dedicação é total. É um trabalho que pretendo continuar até quando meu corpo aguentar”.