Círio de Nazaré

Confira os cuidados com os alimentos da ceia do Círio

Os principais itens que fazem parte do almoço do Círio de Nazaré, como o pato, tucupi e maniva estão bem acima da inflação e mais caros. Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará
Os principais itens que fazem parte do almoço do Círio de Nazaré, como o pato, tucupi e maniva estão bem acima da inflação e mais caros. Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará

O consumidor precisa ficar atento ao adquirir itens como a maniva, o tucupi, o jambu, produtos típicos consumidos no tradicional Círio de Nazaré, orienta a Agência de Defesa Agropecuária do Estado Pará (Adepará). Todos os produtos de origem animal e vegetal precisam estar de acordo com a regulamentação, antes de serem preparados, transformados, manipulados, recebidos, acondicionados, depositados e em trânsito.

A Adepará reforça que os cuidados com o alimento devem começar na hora da compra e a embalagem é o primeiro item a ser observado. Na embalagem, o consumidor deve procurar a data de validade, dos dados do produtor, como nome e CNPJ, e o selo de inspeção oficial.

“Nós analisamos todas as fases do processo de produção dos alimentos, de origem animal e vegetal, realizando inspeções nas propriedades rurais, nas agroindústrias. Caso o estabelecimento esteja dentro dos padrões de qualidade e higiênico sanitários, nós o certificamos com o selo de qualidade. A inspeção e a fiscalização dos produtos também evitam fraudes em alimentos e garantem o cumprimento dos regulamentos técnicos de identidade e de qualidade dos produtos elaborados pelas indústrias alimentícias, garantindo, assim, produtos de qualidade para o consumo da população”, informa o médico veterinário, Jamir Macedo, diretor geral da Adepará.

O consumidor precisa ficar atento ao adquirir itens como a maniva, o tucupi, o jambu, produtos típicos consumidos no tradicional Círio de Nazaré. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Os alimentos não produzidos dentro de condições mínimas de higiene podem conter bactérias ou outros microorganismos, que podem prejudicar a saúde da população. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), alimentos contaminados por bactérias, vírus, parasitas e substâncias químicas podem causar mais de 200 doenças. Estimativas indicam que o impacto dos alimentos contaminados custa a países de baixa e média rendas cerca de US$ 95 bilhões, em produtividade perdidas a cada ano.

Qualidade – A garantia dessa qualidade é atestada pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE), certificação que garante que o produto possui controle, fiscalização e inspeção pela Agência. Portanto, o registro de um produto na Adepará significa para o consumidor a segurança de que ele está adquirindo um produto de acordo com as normas e exigências sanitárias.

Para ter a garantia de que um produto foi fabricado em estabelecimento registrado e em boas condições, o consumidor pode conferir os selos de inspeção impressos no rótulo da embalagem. São eles:

-Serviço de Inspeção Municipal (SIM)

-Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da Adepará

-Registro Artesanal da Adepará

-Serviço de Inspeção Federal (SIF)

-Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi)

Assim, a recomendação da Agência é a de que o consumidor verifique no rótulo todas as condições que estão sendo oferecidas, como: quem fabricou, data de fabricação, prazo de validade, lote, informações nutricionais e todas as informações inerentes ao produto, para que assim possa ter a garantia de estar consumindo um produto seguro e inspecionado pelos órgãos oficiais.

Certificação – Os produtos mais consumidos durante as festas do Círio, como maniva, farinha e tucupi precisam estar registrados pela Agência de Defesa. Para iniciar o processo de regularização de uma agroindústria é necessário preencher requerimento para cadastramento da produção artesanal. Podem cadastrar-se pessoas físicas e jurídicas com a devida documentação.

Para o produtor, a certificação é a garantia de que ele pode comercializar em todo o estado. Para adquirir um dos registros, incluindo o Selo Artesanal da Agência para pequenos produtores, é preciso que os estabelecimentos adotem critérios para fabricação em relação às condições higiênico-sanitárias e garantam que o produto final esteja dentro dos padrões de identidade e qualidade, mantendo as características sensoriais e nutricionais.