Tylon Maués
Desde o começo de abril, a rotina do elenco do Clube do Remo tem sido entrar em campo para enfrentar o Paysandu e tentar descansar entre um clássico e outro, sem tempo hábil para treinamento. Nesta quinta-feira, quando os jogadores se reapresentaram após o Re-Pa da quarta-feira (10), foi mais uma vez assim. Até amanhã, na véspera do quinto e último Re-Pa de 2024, tudo o que for para ser corrigido terá que ser ser na conversa.
O técnico Gustavo Morínigo não poderá contar com o lateral-esquerdo Nathan e o volante Paulinho Curuá, suspensos por terem sido expulsos na primeira partida decisiva do Campeonato Paraense, mas terá de volta em melhor condição física o meia Jáderson, que já voltou a campo no confronto pela Copa Verde. Outro que deve estar à disposição é o atacante Pedro Vitor, poupado no meio de semana para estar em melhores condições para a decisão.
Além de montar a próxima formação titular, o comandante azulino tem a missão de levantar o moral do time, depois de três insucessos diante do rival e com uma desvantagem de dois gols para descontar. Após o Re-Pa semifinal da Copa Verde, ele afirmou que viu no vestiário um grupo que estava motivado, ciente de que poderia vencer o clássico. É com esse espírito que ele espera ver o time no domingo.
“Todos os jogos são diferentes, apesar de que é o mesmo rival. Vamos procurar dar o melhor, escolher o melhor para fazer. Será uma final onde nós não podemos ter erros e dessa vez temos que acertar um pouco mais”, disse. “Estamos correndo atrás, e estou confiante de que no domingo vamos ter um time que desde o início vai começar a buscar esse resultado que nos dê o título, porque seguimos sonhando com o título”, completou Morínigo.
Mesmo com o retrospecto ruim na temporada contra o Paysandu, o técnico remista aposta na presença do torcedor no Mangueirão para empurrar o time num momento de dificuldades, onde será preciso uma superação para buscar o título estadual.
“Sabemos que o nosso torcedor está unido, assim como nós. O nosso vestiário foi um momento difícil, mas neste momento é quando precisamos dos valentes, temos que estar juntos. A nossa força também está nos nossos torcedores”, afirmou. “Em vários momentos, ela foi fantástica empurrando. Sei que é difícil, porque é um clássico, mas acreditem que vamos longe”.
ATUAÇÃO
“Há evolução”. Foi assim, de forma taxativa, que Gustavo Morínigo abriu sua análise sobre a atuação do Leão Azul. Ele que, em referência à própria estada no Baenão, ainda está em um trabalho inicial, quase sem tempo para treinar e sem poder utilizar os reforços que chegaram desde que está no clube. “Com exceção do jogo anterior (domingo passado), que pegamos dois gols, estamos bastante seguros na defesa e estavam ingressando jogadores que praticamente não estavam jogando. Então há evolução e sobretudo compromisso por todas as coisas. Para mim, as coisas estão no caminho certo, não vai ser da noite para o dia, todo mundo sabe”, observou o treinador paraguaio.
De acordo com Morínigo, o time azulino está melhorando a intensidade, ainda não na medida que ele quer e crê que pode chegar, mas defende que isso demanda mais tempo, mais jogos para deixar a equipe como ele quer. “Nós gostamos da intensidade para agregar jogos. Há intensidade tanto ofensiva como defensiva. Isso é o que estamos buscando. Agora, não podemos conseguir isso tendo que jogar a cada três, quatro dias. Só dá para praticamente recuperar o time e que jogue novamente”.