Grande Belém

Hortaliças e legumes ficam mais caros em Belém; veja os preços

Ainda de acordo com os feirantes, a tendência é que os preços continuem aumentando nas próximas semanas.. Foto: Wagner Santana/Diário do Pará.
Ainda de acordo com os feirantes, a tendência é que os preços continuem aumentando nas próximas semanas.. Foto: Wagner Santana/Diário do Pará.

Wesley Costa

O Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA), divulgou uma pesquisa mostrando que a maioria dos produtos hortis (hortaliças, verduras e legumes) ficou mais cara no mês passado (nov-2023) em feiras livres e supermercados da capital. Entre os produtos que sofreram as maiores altas estão a Cebola (kg) com alta de 23,54%, seguida da Alface com alta de 14,20% e a Batata (kg) com alta de 7,19%.

As análises mostram ainda que no balanço comparativo de preços deste ano (Jan-Nov/2023), a maioria dos produtos hortis também apresentam aumentos e, em vários casos, com reajustes acima da inflação estimada em torno de 3,50% para o mesmo período. Nesse comparativo, o destaque foi para os seguintes produtos: Alface com alta acumulada de 69,62%, Cariru com alta de 60,64%, Cenoura (kg) com alta de 59,01%, Repolho com alta de 49,89%, Macaxeira (kg) com alta de 33,22% e Beterraba (kg) com alta de 30,97%.

Nas feiras, as reclamações sobre as altas nos valores são tanto dos vendedores, quanto dos consumidores que estão precisando fazer malabarismo para equilibrar as finanças na hora de adquirir os produtos. De acordo com os feirantes, os aumentos estão relacionados às fortes chuvas em algumas regiões do país, que prejudicam a colheita. O preço do frete no final do ano, também é um dos fatores que tem contribuído para o encarecimento.

“Tudo aumentou mesmo e não foi pouco. Para se ter uma ideia, eu vinha comprando caixas de cebola a R$35,00. Mas agora já está custando R$110,00. A gente fica até sem saber como agir, porque o cliente vai reclamar bastante quando essa diferença for repassada, porque também não podemos arcar com prejuízos. O jeito é conversar para que eles (clientes) também entendam a situação”, disse Mauri Ferreira, 48.

Marcela Barreto, 38, que costuma ir à feira várias vezes na semana, diz que sentiu bastante a variação. “Todo dia tem alguma coisa que ficou mais cara, mas são produtos que não dá para deixar de comprar. Nem que seja uma cebola, uma batata, temos que levar para fazer a comida. Hoje, não consigo mais fazer aquela feira grande, mas vou pesquisando e levo só o básico mesmo”, diz.

Ainda de acordo com os feirantes, a tendência é que os preços continuem aumentando nas próximas semanas. “Todo mundo tem família, ne? Então, tem muitos motoristas de fretes que não estão vindo para Belém para poder curtir esse momento de final de ano. Isso acaba deixando o mercado um pouco mais desabastecido e o que tem é vendido caro. Levando em consideração esse cenário todo, acredito que os preços ainda vão permanecer altos”, avalia Nildo Moreira, 42.

Feijão Verde, Cebolinha, Alfavaca, Salsa, Couve, Chicória, Quiabo, Macaxeira, Cheiro verde, Maxixe e Batata doce branca foram outros produtos que sofreram aumentos em novembro. Na avaliação dos últimos 12 meses, o Dieese-PA destacou a cenoura como a verdura que mais teve aumento de preço chegando a acumular uma alta de 42,16%. Em seguida, aparecem o Cariru com alta de 39,85%; Repolho com aumento de 38,97%; Macaxeira custando 38,75% a mais e o Alface com aumento de 29,26%. Feijão verde, Beterraba, Jambu, Pepino, Batata doce rosa, Chuchu, Pimentão verde, Cebolinha, Salsa, Couve, Chicória, Quiabo e Maxixe também foram listados com altos reajustes.