As diversas pesquisas realizadas pelo Dieese/PA mostram que, apesar da sequência de quedas registradas na maioria dos alimentos básicos que compõem a Cesta Básica dos paraenses, a sempre essencial farinha de mandioca ainda se mantém com aumentos de preços e reajustes acumulados superiores à inflação registrada para este ano de 2023 (Jan-Out) e dos últimos 12 meses (Out/202-Out/2023).
Os paraenses ainda estão pagando caro pelo kg da Farinha de Mandioca comercializada em feiras livres e supermercados da Capital, nos últimos meses, a trajetória de preços médios do kg deste produto foi a seguinte: em outubro do ano passado o produto foi comercializado a R$ 7,29; encerrou o ano passado custando em média R$ 8,70. Iniciou este ano custando em média R$ 9,26 e no mês passado foi vendida em média a R$ 10,22.
Como pode ser observado, as análises do Dieese/PA mostram que no mês passado o preço do kg de Farinha de mandioca comercializada em Belém teve alta de 2,20% frente ao mês anterior, com este novo aumento, no balanço comparativo de preços deste ano (Jan-Out/2023), o kg do produto ficou bem mais caro e acumula alta de 17,47% (percentual superior a inflação calculada em 3,04% pelo INPC/IBGE); já nos últimos 12 meses (Out/2022-Out/2023) o reajuste no preço do produto foi ainda maior chegando a quase 38,00% (percentual também que supera em mais que o dobro a inflação calculada em 4,14% INPC/IBGE para o mesmo período).
De acordo com o Dieese, a carestia no preço da farinha de mandioca pode estar relacionada a fatores como o período de entressafra, fortes variações climáticas interferindo na produção, assim como os chamados atravessadores que interferem na formação de preços do produto. O órgão estima que o preço da farinha de mandioca deve manter a expectativa de alta para este mês.