Grande Belém

Churrasquinho no espeto é sucesso nas ruas de Belém

O paraense se rendeu aos espetinhos. Foto: Antonio Melo
O paraense se rendeu aos espetinhos. Foto: Antonio Melo

Alexandre Nascimento

A venda de churrasquinho nas esquinas de Belém é quase uma tradição, caracterizada pela presença dos pequenos trailers, barracas de rua ou até mesmo uma simples churrasqueira na frente das casas dos autônomos, que caiu nas graças da população até pelo preço acessível. Conhecida como uma das capitais de melhor culinária no Brasil e no mundo, os churrasquinhos não deixam de ser uma opção diferente na vasta e rica gastronomia da cidade, que vai da carne de frango, carne bovina, linguiça e calabresa.

A venda “Churrasco das Primas”, que fica na travessa Estrela, entre a Marquês de Herval e o canal da Visconde, na Pedreira, é um dos muitos dos pontos de churrasquinho, em Belém. A ideia partiu de três primas há apenas 3 meses, que viram o negócio como forma de conseguir renda extra, uma vez que possuem outras ocupações. “Tivemos a ideia porque temos o tempo livre durante a noite. Então, decidimos optar por alimentação que tem muita saída, principalmente churrasco”, disse Cássia Dias, 36 anos, uma das sócias.

Apesar de apenas 3 meses de funcionamento, o Churrasco das Primas teve retorno garantido com vendas que chegam a 30 espetos por dia, que são impulsionados pela boa qualidade da carne e do acompanhamento servidos. “Inicialmente ia ser apenas o espetinho, mas decidimos fazer o completo com baião ou arroz, salada de batata, tudo preparado bem. Por isso, temos tido boas vendas”, completou Krissia Abitbol, 35.

TEMPERO

Na esquina da passagem São Benedito, esquina com a avenida Marquês de Herval, também no bairro da Pedreira, o churrasco “Espetinho do Gordinho” tem uma pegada mais raiz, uma vez que funciona em cima de uma calçada. Apesar disso, o local é sucesso com clientes com a venda de mais de 200 espetinhos por semana, graças ao tempero usado no preparo das carnes. “Primeiro que aqui tudo é feito com amor e dedicação, um tempero especial usado pela minha mãe, que fizeram a gente ter muitos clientes”, disse João Octávio, proprietário.

Na realidade, mais do que se tornar uma tradição gastronômica nas ruas, as vendas de churrasquinhos têm desempenhado um papel importante na economia local, uma vez que gera renda aos autônomos. “Montei esse negócio porque minha esposa engravidou. Então, mesmo trabalhando as coisas ficariam difíceis, eu precisava de uma renda extra e estou conseguindo ter com a venda desses churrascos. Mais do que me sustentar, ainda pago minha mãe e o rapaz que me ajuda”, acrescentou João Octávio.

Mas, o sucesso das vendas de churrasquinhos se deve a tradição do paraense em se alimentar fora de casa, como no caso de Renato Nascimento que sempre para num desses estabelecimentos nas esquinas por onde passa. “Adoro as comidas de rua, principalmente os churrasquinhos. Sempre paro neles quando eu saio do trabalho, que são onde eu janto e chego em casa apenas para tomar banho e descansar”, concluiu Renato.

Nos restaurantes, na frente de casa ou nas ruas, o espetinho é sucesso garantido FOTOs: antônio melo