Grande Belém

Mais de 300 imóveis serão remanejados da avenida Bernardo Sayão

Mais de 300 imóveis serão remanejados da avenida Bernardo Sayão Mais de 300 imóveis serão remanejados da avenida Bernardo Sayão Mais de 300 imóveis serão remanejados da avenida Bernardo Sayão Mais de 300 imóveis serão remanejados da avenida Bernardo Sayão
Equipes percorrendo a Avenida Bernardo Sayão no perímetro entre Travessa Quintino Bocaíuva e Avenida Fernando Guilhon
Equipes percorrendo a Avenida Bernardo Sayão no perímetro entre Travessa Quintino Bocaíuva e Avenida Fernando Guilhon

Cinquenta comerciantes que trabalham na avenida Bernardo Sayão, entre a rua Fernando Guilhon e a travessa Quintino Bocaiúva, participaram de uma reunião promovida pela Prefeitura de Belém, para repasse de informações sobre o remanejamento de seus estabelecimentos que funcionam naquele trecho, que receberá serviço de urbanização e a duplicação da via. A reunião ocorreu no estacionamento da Unidade Coordenadora do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (UCP/Promaben), responsável pela obra.

O objetivo da reunião, realizada nesta quinta-feira, 19, foi tirar dúvidas dos comerciantes sobre como será realizado todo o processo de reassentamento deles. O sociólogo do consórcio TPF/Synergia, que presta serviço para o Promaben, Helber Borges, fez a abertura sobre o encontro.

Em seguida, a subcoordenadora Social do Promaben, Regina Penna, apresentou a dinâmica da reunião. “As situações se apresentam de forma diferente e, por isso, é preciso uma análise cautelosa sobre esse processo”, explicou. Segundo ela, de acordo com o Plano Específico de Reassentamento (PER), as soluções podem ser desde receber uma unidade comercial que está sendo construída dentro do Conjunto Habitacional I da Condor, ou os vários modelos de indenizações como a de Lucro Cessante, o Fundo de Comércio ou o Pacote de Reposição.

“Depois dessa reunião, os próximos passos são coletar os documentos, destiná-los para análise das equipes sociais e do jurídico e, a partir daí, apresentar ao comerciante uma solução dentro daquelas que o PER já propõe”, afirmou Regina Penna. “Mas, é importantíssimo frisar que cada caso é um caso e que precisam apresentar todos os documentos comprobatórios da atividade desenvolvida”, completou.

Regina completou dizendo que, “para tranquilizar os moradores e alinhar todos os pontos, a próxima convocação para tratar do assunto será com o objetivo de realizar um atendimento individualizado”.

Os comerciantes ainda continuam na expectativa do que será apresentado nas situações específicas. A dona de uma assistência técnica, Beatriz Viana, de 27 anos, apontou que é só depois da avaliação que será possível ter uma visão melhor sobre o que está sendo proposto.

“Nós ainda estamos muito inseguros sobre o que será proposto como solução, porque não sabemos se seremos encaminhados para uma área valorizada. A gente espera ir para um lugar seguro e que tenha oportunidade de ter um lugar para trabalhar”, disse Beatriz.

O sentimento é compartilhado por Miguel Arcângelo, dono de panificadora e mercadinho na avenida Bernardo Sayão. “Apesar da tentativa da Prefeitura em deixar tudo bem esclarecido, nós ainda estamos na pendência de saber o que vai realmente sair e se a proposta de solução para vai nos atender”.

Ao todo, 318 imóveis devem sair da avenida Bernardo Sayão, entre a rua Fernando Guilhon e travessa Quintino Bocaiúva. As negociações estão previstas para 180 imóveis mistos, residenciais e comerciais, e 49 que são apenas comércios. A reurbanização e duplicação da Avenida Bernardo Sayão é uma das obras pioritárias que preparam a cidade para a realização da COP 30.