Alexandre Nascimento
Após dias de calor em função dos dias ensolarados, a chuva voltou a cair e causar estragos em Belém, na noite desta terça-feira (17). Entre as situações recorrentes toda vez que chove e que indicam a falta de estrutura da cidade, foram registradas ruas alagadas que ocasionaram engarrafamentos, riscos de pane em veículos, ciclistas em meio aos carros e ônibus, pessoas a pé metendo o pé na água suja acumulada, entre outros problemas.
O cruzamento da avenida Alcindo Cacela e rua dos Mundurucus, assim como as áreas próximas, no bairro da Cremação, foi um dos pontos que a equipe do DIÁRIO registrou grandes transtornos. No local, o tradicional alagamento toda a vez que chove causou grande engarrafamento na área, risco aos ciclistas uma vez que tiveram que se arriscar em meio ao trânsito, motociclistas trafegando sobre as calçadas.
A mesma situação foi registrada na rua dos Pariquis, esquina com a travessa Rui Barbosa, também no bairro da Cremação. O alagamento no local fez com que a movimentada via ficasse tranquila, com apenas carro de grande porte atravessando a água acumulada, enquanto os veículos pequenos voltassem em contramão, uma vez que os condutores tinham medo de arriscar atravessar para evitar pane.
Outro ponto de alagamento foi registrado na avenida Alcindo Cacela, esquina com a avenida Pedro Miranda, em frente a uma universidade particular. O alagamento atingiu a calçada da instituição, condutores de carro e motocicleta evitaram passar pelo local que, segundo os alunos, influenciou para que as aulas de algumas fossem encerradas antes do horário final.
Mas, a chuva também causou transtornos aos pedestres, que tiveram de se proteger debaixo de paradas sem proteção, outros subindo em calçadas para evitar pisar na água suja acumulada, enquanto que outros arriscaram meter os pés na água para seguir até pontos não afetados pela chuva, para conseguir transporte para seguirem para suas casas. “Hoje chegarei mais tarde em casa, por causa da chuva. O pior é que até os motoristas de aplicativo estão cancelando vir aqui para a Alcindo Cacela, porque devem está com medo do alagamento”, disse Larissa Martins, 30 anos, psicóloga.
“Aqui nesse trecho da Alcindo Cacela com a Mundurucus é assim, choveu de certeza vai alagar, o que prejudica a nossa ida para casa porque ficamos presos aqui no trabalho por causa dessa situação. Os motoristas de aplicativo e taxistas estão evitando passar por aqui, então, terei que meter os pés nessa água suja para ir até um ponto que esteja seco para eu solicitar um carro ou pegar um ônibus”, concluiu Rute Soares, 57 anos, atendente.