A Cruz Vermelha divulgou na tarde desta terça-feira, 10, um balanço dos atendimentos realizados durante a Trasladação e Círio, procissões realizadas neste final de semana em Belém.
Na Trasladação, no último sábado, houve 625 atendimentos a romeiros e 12 transferências para unidades hospitalares. Na procissão de domingo, foram 726 atendimentos e 21 transferências realizadas.
Esse ano, aproximadamente 6.500 voluntários trabalharam para ajudar os devotos e os turistas que participaram da maior festa de fé dos paraenses. A Cruz Vermelha, principal instituição de ajuda humanitária do mundo, coordena há mais de 40 anos os atendimentos médicos do Círio, em parceria com instituições públicas e privadas. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) montou uma operação especial com 14 pontos de atendimento ao longo do trajeto, com 202 profissionais envolvidos nesta operação.
“O resultado foi satisfatório. Todos os anos articulamos juntos com vários órgãos para auxiliar e salvaguardar todos os fiéis romeiros que vivenciam essa experiência maravilhosa que é o círio de Nossa Senhora de Nazaré”, comentou Luciana Barbosa, Coordenadora de Recursos Humanos e Eventos do 1º Centro Regional de Saúde, responsável da Sespa pela operação do Círio.
O enfermeiro Iranildo da Silva, 54 anos, coordenador do ponto da Cruz Vermelha no Largo do Redondo, na Avenida Nazaré, é voluntário há 20 anos. A experiência no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) o auxilia em dias como o Círio, que traz um sentimento diferente durante o trabalho. “Quando tudo termina, o sentimento é de dever cumprido. Me sinto lisonjeado e abençoado em poder trabalhar no Círio”.
Vitória Ferreira, 24, e Ana Beatriz Alves, 21, são colegas acadêmicas de Enfermagem. Por mais que tenham motivos diferentes para terem sido voluntárias pela primeira vez, mas alguns pontos têm em comum. “Fiz uma promessa ano passado e estou aqui iniciando a pagar. Mas, acima de tudo tem a vocação em poder ajudar ao próximo. Acho que nesses momentos tiramos lições de humildade que ficam para o resto da vida”, disse Vitória. Evangélica, Ana Beatriz comentou sobre a vontade de poder ajudar que já tinha. “Eu queria ser voluntária, queria poder ajudar, ainda mais no Círio. Está sendo difícil, mas ao mesmo tempo gratificante. Sei que vou levar isso por muito tempo, pois sinto que vou voltar ano que vem”.