Matheus Miranda
Que a fé move montanhas isso não é novidade e, quando o período coincide ao segundo domingo de outubro em Belém do Pará, a crença supera limites municipais e estaduais com a capital paraense tornando-se um verdadeiro reduto religioso em virtude da procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.
Com a presença de milhares de devotos, em meio ao mar de gente, pessoas de diversos lugares do país e do mundo compareceram ao cortejo ao longo da manhã de ontem (8), como foi o caso do casal Letícia e Ângelo Righi, que vieram da Serra Gaúcha, de Gramado (RS), para participar do segundo Círio de Nazaré consecutivo.
“Viemos de fato para conhecer desta vez toda a programação do Círio até o encerrar. A minha esposa é paraense, sou gaucho de São Pedro do Sul. É um choque de cultura. É o maior movimento religioso do Brasil e quiçá da América. É uma multidão, muita gente, uma energia muito boa poder repercutir esses sentimentos dos belenenses”, destaca o servidor público.
Letícia, que é paraense, mas que vive na região Sul há alguns anos, reforça o poder que o Círio de Nazaré é capaz de proporcionar mesmo para quem possui tal vínculo enraizado.
“Por mais que eu seja paraense e conheça, é sempre uma oportunidade única de ver como Belém se veste nessa época do Círio. A energia das pessoas, a forma como todos vivenciam. Nem precisa ser católico, é um movimento cultural. Poder presenciar isso é uma forma até nova pra gente, em renovar os sentimenttos”, explica a social media e jornalista.
Apesar do local de nascença a léguas de distância, do outro lado do país, Ângelo Righi ponderou a importância da festividade paraense como algo único, ao ser, desde o ano passado, um dos principais elos em sua vida.
“É um mar de gente. Esse é o segundo ano e não consigo mais imaginar sem passar essa energia todo ano aqui. É uma fé muito forte. Os paraenses são muito especiais em ter essa festividade para si e por compartilhar com todos esse momento de fé”, reitera.