Grande Belém

Belém amanhece coberta de fumaça pelo quarto dia seguido

A paisagem da capital continua alterada em função da fumaça provocada pelo incêndio no aterro do Aurá. Foto: Divulgação
A paisagem da capital continua alterada em função da fumaça provocada pelo incêndio no aterro do Aurá. Foto: Divulgação

Pelo quarto dia consecutivo, vários locais da região metropolitana de Belém amanheceram cobertos por uma fumaça, que já vinha ocorrendo desde o último final de semana, e ainda acompanhada de um mau cheiro. Isso por que o Aterro do Aurá está desde o sábado com vários focos de incêndio.

A equipe do DIÁRIO esteve no início desta semana no local, área que pertence ao município de Belém, e observou que ainda existem muitos focos de incêndio naquela região. De acordo com a população que vive no entorno, as chamas surgiram no último sábado (30), e desde então têm causado problemas devido à densa fumaça resultante da queimada.

Como os focos de incêndio ainda não foram debelados, alguns moradores optaram por sair de suas residências e buscar abrigo com parentes. No entanto, muitos não tiveram a mesma sorte e precisam lidar com os transtornos no local.

No em que a equipe de reportagem esteve no local, foi difícil até mesmo conversar com os moradores devido à irritação nos olhos e à dificuldade para respirar. “Infelizmente, não temos para onde ir, pois moramos aqui. Hoje [segunda-feira] eu e minha neta acordamos tossindo bastante”, relatou a aposentada Antônia da Silva.

A equipe do DIÁRIO esteve no início desta semana no local, área que pertence ao município de Belém, e observou que ainda existem muitos focos de incêndio naquela região. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará

Em nota, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que as principais causas que podem ter desencadeado o fogo no Lixão do Aurá estão ligadas à alta temperatura, os gases e mudanças climáticas. O comunicado afirma ainda que vários fatores podem dar início aos focos, como descargas atmosféricas, descarte de pontas de cigarro acesas, calor extremo, entre outros.

Por fim, a nota divulgada pela Secretaria Municipal de Saneamento concluiu que “o aterro do Aurá atualmente recebe apenas resíduos inertes, que são materiais oriundos da limpeza urbana, exceto lixo domiciliar”. O local foi desativado em 2015. Em relação aos focos de incêndio, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará informou que equipes se revezam na área avaliando a necessidade de intervenção no local.