Pryscila Soares
A poucos dias das celebrações do Círio de Nazaré 2023, a capital paraense já vivencia o clima que a festa católica proporciona no mês de outubro de cada ano. É possível notar a intensificação do movimento de visitantes em espaços públicos da cidade, a exemplo da Estação das Docas e do Complexo Ver-o-Rio, onde foi encerrado ontem o 4º Festival das Tacacazeiras.
Com cores, símbolos e ornamentação especial alusiva ao Círio, um dos pontos turísticos mais visitados neste período é a Estação das Docas, no bairro da Campina. Além da vista privilegiada para a Baía do Guajará, o espaço recebe pelo quarto ano a exposição dos 400 metros da corda que será utilizada na procissão do Círio, no próximo domingo (08).
Devotos da santa, a família da autônoma Mayra Rodrigues, 26, aproveitou a folga no trabalho para curtir o domingo na Estação. A decoração do Círio foi um atrativo a mais, que chamou a atenção dos visitantes, dentre eles, a família de Mayra que garantiu diversos registros para guardar de recordação.
A jovem reside em Igarapé-Miri, mas está na capital para acompanhar o evento católico. “Viemos dar uma volta e somos muitos devotos da Nossa Senhora de Nazaré. Inclusive, a minha irmã é uma promessa. Nada mais justo do que vivenciar a cultura do nosso estado e ver de perto as coisas que se fazem presentes no Círio. Está muito lindo, bem colorido, tudo bem regional, da nossa cultura mesmo”, elogia.
Irmã de Mayra, a autônoma Myrllan Rodrigues, 19, se emociona ao falar do Círio, já que nasceu prematura e acredita que a fé foi que ajudou a restaurar a sua saúde. “Fui prematura e Ela me deu a vida. Por conta disso, sou devota dela e nasci no mês dela, no dia 26 (de outubro). Toda vez é uma emoção”, afirma.
Nascida em Belém, a cuidadora infantil Ana Albuquerque, 53, mora há sete anos em Curitiba, capital do Paraná. Para ela, visitar a capital paraense no mês de outubro, no período do Círio, é um ritual de renovação de fé. Este ano, ela veio acompanhada dos filhos e o genro. Na tarde de ontem, ela fez um passeio em família na Estação.
“É o Natal dos paraenses mesmo, né? Então, a gente tem que dar um jeito de estar aqui nessa época. Somos todos frequentadores da Basílica. É uma renovação de espírito, de alma, de alegria, de tudo. Quando estamos longe, sentimos falta disso tudo. A cidade cria outro clima na época do Círio e isso é contagiante”, declara.