Combu: Marinha revela possível causa do naufrágio

Diego Monteiro

Em entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta segunda-feira, 10, a Marinha do Brasil informou que há fortes indícios de que a rabeta que voltava da Ilha do Combu, em Belém, com dez pessoas a bordo, naufragou após forte maresia das águas do rio Guamá. O acidente náutico aconteceu na noite do último domingo, 9, e resultou em seis sobreviventes, duas mortes e, até o fechamento desta matéria, dois desaparecidos.

Embora testemunhas informarem que, no momento do ocorrido, chovia bastante, o capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Ewerton Rodrigues, reforçou que não havia previsão de mau tempo naquele momento. “Ainda está sendo levantado informações para a elaboração do inquérito sobre o acidente, mas apesar dos indícios não apontarem tempo adverso, não descartamos essa linha”, disse.

Foi revelado ainda que, segundo a base de dados do sistema da Capitania dos Portos, o comandante e dono da embarcação, identificado como Natalino Pantoja, 77, uma das pessoas desaparecidas, não possuía cadastro como habilitado nem como aquaviário nem como amador. No caso da embarcação, o veículo de pequeno porte não tem nome e provavelmente está sem inscrição na Capitania.

“Temos até 90 dias para levantar todas as informações e apurar o inquérito, mas vale ressaltar que se houver necessidade, esse prazo pode ser prorrogado. Acreditamos que o inquérito será aberto brevemente, provavelmente amanhã [terça-feira], mas temos que esperar a conclusão dessa etapa de busca das vítimas e do levantamento de todos os dados necessários”, completou o capitão Ewerton.

Sobre o resgate das duas vítimas desaparecidas, o coordenador de Operações do Grupamento Fluvial da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Bruno Anaisse, afirmou que o raio de ação de busca foi estendido. “Estamos com seis embarcações, três a quatro tripulantes em cada uma, mais o grupamento aéreo. As buscas só terminarão quando todos forem encontrados”, pontuou.