Grande Belém

Tem comida de rua para variados gostos em Belém

Marcelo Silva diz que os clientes são de vários bairros da cidade  Foto: Ricardo Amanajás
Marcelo Silva diz que os clientes são de vários bairros da cidade Foto: Ricardo Amanajás

Alexandre Nascimento

A saborosa e variada culinária paraense não se restringe a ser servida em restaurantes fechados. Em Belém, em esquinas dos bairros, as iguarias que vão da batata frita ao pastel, dos sanduíches ao mingau, da tapioca ao tacacá, entre outras comidas, são servidas em bancas ou carros de lanches. Uma tradição na cidade que passa dos pais aos filhos e que faz a alegria dos fãs da culinária.

Essa tradição é vivida por Tereza Barros, que herdou o estabelecimento Tacacá D’Marinas, que fica há 37 anos no cruzamento da avenida Doca de Souza Franco com a João Balbi.

Um cartaz com fotos da matriarca que dá nome ao carrinho junto de artistas como Ana Maria Braga, Lulu Santos, Fafá de Belém, entre outros, indicam como o local é uma referência em comida típica vendida nas ruas da cidade. “Desde os 17 anos eu vinha com minha mãe. Ela faleceu e herdei o negócio, onde eu tenho o prazer de trabalhar e seguir por muitos anos”.

A mesma tradição é vivida no Tacacá da Flávia, iniciada há 30 anos, na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira. Atualmente comandado pelos filhos, o negócio expandiu e mais dois carrinhos de vendas funcionam em outros pontos da cidade que mostram o progresso da venda em família. “Temos um negócio bem sucedido, onde temos nossa produção própria de jambu, quiabo, chicória, tudo esforço do meu pai há 30 anos. São anos de luta, que ajudaram ele a nos criar e repassar esse trabalho para nós”, declarou Cecília Carneiro, 42 anos, uma das filhas.

Outras comidas são vendidas nos carrinhos de lanche, como o “Pastel da Ponte”, que fica no canal da Djalma Dutra, no bairro do Telégrafo. Com horário de funcionamento das 9h às 19h, o estabelecimento vende mais de 100 pastéis de variados recheios e tem 12 anos de funcionamento no local.

“Começamos com um carro de madeira, mas hoje estamos mais estruturados com um carro de ferro. Tudo graças às vendas com os nossos clientes que são de vários bairros da cidade”, disse Marcelo Silva, 27 anos, funcionário.

O funcionamento dos carros ou bancas de lanches faz a alegria dos clientes. “Toda vez que passo em frente a uma barraca ou carrinho desse como maniçoba ou tomo tacacá. Incrível, mais do que a gente querer saciar a vontade de comer, frequentar esses espaços é também viver essa tradição que tem em Belém”, declarou Andriely Cavalcante, 28, agente administrativo.