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Federação Paraense de Futebol denuncia suspeita de manipulação em dois jogos do Parazão

Federação Paraense de Futebol denuncia suspeita de manipulação em dois jogos do Parazão Federação Paraense de Futebol denuncia suspeita de manipulação em dois jogos do Parazão Federação Paraense de Futebol denuncia suspeita de manipulação em dois jogos do Parazão Federação Paraense de Futebol denuncia suspeita de manipulação em dois jogos do Parazão
Reunião entre FPF e MP tratou das investigações. Foto: Ronei Telles/Site da FPF

Nildo Lima

O “mar de lama”, que vem emporcalhando o futebol brasileiro, com denúncias de manipulação de resultados, pode já ter chegado ao esporte paraense. Sinais disso foram dados na última terça-feira, quando a Federação Paraense de Futebol (FPF), por intermédio de seu presidente, Ricardo Gluck Paul, entregou ao Ministério Público do Pará (MP/PA) documentos contendo denúncias de suspeita de manipulação de duas partidas valendo pelo Estadual deste ano, que caminha para a sua final. A informação foi passada à imprensa pelo próprio dirigente.

A documentação foi entregue ao MP/PA em reunião envolvendo representantes do órgão estadual, Ricardo Gluck Paul e o diretor jurídico da FPF, André Cavalcanti. O encontro, conforme Gluck Paul, foi solicitado pela FPF. “Queríamos cobrar o Ministério Público e entender como anda as investigações sobre possíveis crimes de manipulação de resultado no Pará. Temos todo o interesse em acelerar as coisas e passar logo um recado de que aqui estamos atuando forte para coibir esse crime”, afirmou o presidente da federação.

As investigações sobre o caso estão sendo conduzidas em absoluto sigilo pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPPA, conforme o DIÁRIO já havia antecipado na matéria especial publicada no último domingo, que tratou da manipulação de resultados em jogos do Brasileiro e alguns Estaduais de 2022. Na reunião, a direção da FPF prometeu adotar, já este ano, medidas de combate à atuação de grupos criminosos no futebol. Entre as ações que serão adotadas está a criação de seminários sobre o tema. O seminário será realizado já na disputa da Série B do estadual, que começará no segundo semestre.

“Antes do início do torneio haverá um congresso híbrido – presencial e online – com todos os atletas e comissão técnica dos 20 clubes participantes da Série B do estadual. A presença de todos será obrigatória e constará no regulamento da competição. A ideia é trazer para o atleta a dimensão desse problema. Tem jogador que não faz ideia de onde está se metendo. Um crime como esse pode terminar em prisão e banimento do esporte”, comentou Gluck Paul.

Os jogos que teriam sofrido manipulação no Parazão deste ano não foram revelados nem pela FPF e muito menos pelo Gaeco. Mas uma das partidas seria a que envolveu São Francisco e Tapajós, ambos de Santarém, pela 4ª rodada do Estadual.