Diego Monteiro
Mais de 340 crianças e adolescentes foram ao Theatro da Paz, na tarde de ontem, e participaram do Concerto Didático. Trata-se de um projeto com apresentações gratuitas dedicadas aos alunos de diversas escolas públicas da Região Metropolitana de Belém (RMB), por integrantes da Amazônia Jazz Band (AJB), com a presença do maestro Eduardo Lima.
“Pensamos em um repertório que chamasse a atenção de todos, ou seja, de músicas que em algum momento eles já tiveram contato, então pensamos em filmes que pudessem resgatar uma memória para todos os que estavam presentes. Com isso, nossa intenção é despertar o interesse pela música e trazê-los para dentro do teatro dá um ganho a mais para esse trabalho”, completou.
O Concerto Didático tem o intuito de desmistificar a música clássica e erudita, variando as formas de apresentar as composições para as crianças, além de popularizar o jazz, formar plateia consciente, fomentando a qualidade de vida por meio do lazer e da música para a população. No repertório, foram incluídas músicas de renome do cinema, como dos filmes Os Vingadores, Superman, entre outros.
Entre uma apresentação e outra, o maestro Eduardo fez pausas explicativas sobre as músicas, contando e analisando a história de cada instrumento, além da sonoridade que cada um faz. “Essa é uma forma de criar uma interação entre a criançada e os músicos. Por muito tempo fui músico e hoje estou como maestro com essa missão especial, inclusive eu gosto muito: de ensinar”.
Com 13 anos, Kauã Ferreira da Silva ficou atento a todas as músicas tocadas pela Amazônia Jazz Band. Segundo o estudante, um dos pontos mais interessantes foi quando os músicos começaram a solar, uma forma de improviso individual. Até que chegou a vez da bateria, instrumento que despertou o interesse do menino em aprender.
Kauã já planeja os primeiros passos. “Quando eu chegar em casa eu vou falar para os meus pais que eu quero aprender a tocar bateria, pois eu gostei muito de como o baterista consegue bater em cada tambor e pratos sem errar. Sem contar que é um instrumento que mexe todo o corpo. Achei bem legal a apresentação de todos e quero voltar outras vezes”, disse.
Emyli Vitória, 18, também parabenizou o concerto. “Eu achei tudo muito lindo e perfeito. Eu amo música, inclusive, eu tenho um sonho de aprender a tocar violão, pena que não vi o instrumento na apresentação hoje. Achei muito importante vir pois isso despertou ainda mais a minha curiosidade de ir atrás e buscar mais conhecimento no instrumento que eu quero”.
Para Arthur Saraiva, 11, o que mais chamou a atenção foi a forma como os músicos tocaram cada trilha. “Gosto muito de filmes e as trilhas que foram tocadas são dos meus favoritos. Achei interessante a forma como foi tocada, pois eu nunca pensei que ia ouvir de forma tão idêntica como eu ouvi. Fiquei impressionado e em alguns momentos até arrepiado”.