Moradora do 8º andar do Edifício Cristo Rei, Maria Augusta, 70 anos, contou ao DIÁRIO que estava fazendo uma pintura no banheiro de casa quando ouviu o barulho.
“Eu tremia igual vara verde, só tive coragem de olhar pela janela da sala e aí que eu vi que eram as sacadas. Quando a última sacada caiu, ela veio trazendo as outras que ficavam em baixo”, contou, enquanto aguardava já fora do prédio.
“Eu fiquei com medo, não sabia o que fazer, então, esperei os bombeiros que retiraram os moradores. O prédio está interditado, isso não vai ser de uma hora para outra, então, eu estou só esperando os meus filhos e vou para outro lugar”.
O susto também foi enorme para o arte-educador, Gilson Araújo, 48 anos. Morador do prédio vizinho ao Edifício Cristo Rei, ele estava andando pela calçada em frente ao prédio e, por muito pouco, não foi atingido pelos escombros.
“Eu saí de casa com uma amiga para almoçar e a gente parou em frente ao prédio (Edifício Cristo Rei), bem debaixo da sacada porque ela estava editando um vídeo no celular. Eu falei pra gente se apressar porque eu estava com fome e a gente seguiu. Cinco segundos depois veio o barulho e o estrondo”, conta, ainda abalado pela situação.
“A gente não entendeu absolutamente nada, só vimos a poeira subindo e quando eu olhei para trás já vi os fios do poste em chamas, então, a gente resolveu correr. Foi um susto enorme, eu ainda estou trêmulo aqui, ainda estou tentando me reestabelecer porque, na verdade, foi um livramento de Deus mesmo porque por uma diferença de cinco a dez segundos, no máximo, teríamos morrido, nem saberíamos o que tinha acontecido”.