Tylon Maués
Na manhã de hoje o elenco bicolor participa do último trabalho antes do clássico de amanhã à tarde, contra o Clube do Remo. Para fins de classificação geral e de confrontos para a segunda fase, o Re-Pa deste domingo não terá influência alguma. Já se sabe que o Papão é o segundo colocado na primeira fase e o Leão o primeiro, independentemente do placar. Na fase seguinte, o time bicolor vai encarar a Tuna Luso e a equipe azulina ao Caeté. Mas, isso não quer dizer que o encontro entre os rivais não valha nada.
O valor subjetivo de sair vencedor de um Re-Pa é quase palpável. O exemplo recente ainda está muito nítido na memória dos jogadores dos dois lados. Após a conquista da vaga na decisão da Copa Verde, os atletas do Paysandu tiveram dias de calmaria para descansar e treinar, ao passo que os do Remo tiveram que conviver com dúvidas e cobranças. Por isso, na Curuzu o lema é um só, de que o jogo tem caráter decisivo, sim.
“O torcedor vive intensamente o clássico e temos obrigação de dar o nosso melhor. É um jogo que requer nosso máximo, sempre”, comentou o técnico Márcio Fernandes, que por força das circunstâncias pode até fazer mudanças para amanhã, mas já descartou totalmente a possibilidade de um time reserva.
Em sua segunda temporada no Paysandu, o meia João Vieira sabe muito bem tudo o que ronda o Re-Pa e garante que todos no Leônidas Castro pensam somente em uma coisa: Vitória. “Sempre é uma decisão, sabemos que aqui em Belém o clássico é muito importante, então temos que levar a sério independente se não vai alterar a classificação, clássico é clássico e temos que fazer por merecer a vitória”.
Apresentado oficialmente ontem, o meia Kelvi tem apenas 20 anos e afirma que mesmo de longe sabia da história do confronto, dizendo-se pronto para ser acionado se o técnico decidir por isso.
“Todo clássico é diferente, não tem jeito. O Re-Pa é conhecido no país todo, tem uma grandeza própria dele. Quando aparece uma oportunidade de vir para cá bate logo uma ansiedade de estar nesse jogo”, disse. “Independentemente das situações dos times no campeonato, vencer um clássico é muito bom, rejuvenesce. Quando aceitei vir para cá, já pensei no Re-Pa”, finalizou o bicolor.
“Não existe clássico que não vale nada. Sempre vale muita coisa, ainda mais sendo uma rivalidade como Re-Pa. O torcedor não quer perder, assim como a gente também não quer. É óbvio que não muda nada na tabela, mas vale para manter o bom momento e entrarmos fortes nesse mês, onde teremos muitas partidas importantes”, diz o goleiro Thiago Coelho.